Publicado 05/08/2023 00:00
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O medo é fundamental em nossas vidas, porque é uma reação de autopreservação. Já a fobia é diferente, porque é um medo mórbido, uma aversão irreprimível, que pode até criar limitações no nosso cotidiano. Muitos medos e traumas têm suas raízes em existências anteriores.
O espírito recebe um novo corpo em cada nova existência, mas traz consigo os problemas não resolvidos de outros tempos. Por esse motivo é importante que olhemos para as pessoas como espíritos, mesmo crianças. Fobias e pânico podem ser compreendidos além da visão tradicional de que são doenças, patologias, transtornos, enfim, algo ruim.
Somos espíritos em processo de busca da purificação. O objetivo é, um dia, sair desse planeta para vivermos num outro plano energético de maior elevação espiritual. Todos nós trazemos em nossos espíritos, do nosso passado, de outros séculos, traumas, medos, tristezas e dores. Isso jaz escondido em nosso inconsciente. São toxinas e impurezas espirituais que necessitam ser eliminadas para que nosso espírito seja "limpo", na sua busca de purificação.
Quando chega o momento de nos libertarmos dessas situações, elas começam a aproximar-se da linha divisória que separa o que está escondido no nosso consciente. Sair para nos libertarmos delas é o grande desafio. Os sintomas vêm lá de dentro do seu inconsciente. O medo, a angústia, a tristeza, a solidão, a dor, tudo isso a psicologia e a psiquiatria chamam de fobia e de transtorno do pânico.
São várias as fobias: de lugares fechados, de multidão, de água, de altura e vai por aí afora. O medo e a angústia ditas sem motivo são chamadas de transtorno do pânico. Por não lidarem com a reencarnação, psicólogos e psiquiatras iniciam uma busca na infância ou no passado recente do paciente para procurar entender de onde vêm esses sintomas, o que os originou. O tratamento é constituído de sessões de terapia, de técnicas específicas e até de medicamentos, que podem até aliviar os sintomas, melhorando a vida das pessoas, mas que raramente curam.
Os que lidam com a regressão e que acreditam na reencarnação sabem que a origem desses medos e fobias, quase sempre, está em nosso passado, no que chamamos de "vidas passadas". E nesta reencarnação, nosso espírito quer se libertar daquele trauma, daquele medo, daquele pânico, daquela tristeza, daquela solidão de vidas anteriores.
A saída é ajudar o espírito nessa tarefa, libertando-o daquilo, auxiliando-o a se libertar daquele fardo centenário ou milenar. A diferença entre a Terapia de Regressão do Dr. Freud (que investiga o inconsciente dos pacientes) e a visão espírita, é que percebemos que as situações escondidas são de outras épocas, de outros séculos, não de seus antepassados, mas deles mesmos, em outros corpos.
Libertarem-se dessas situações traumáticas, desses medos, dessas angústias nada mais é do que uma "limpeza" espiritual. São várias as fobias: a claustrofobia (medo de lugares fechados), a nosofobia (o medo de adoecer, o que leva a se julgar sempre doente, infectado por micróbios e bactérias), a agorafobia (medo de espaços abertos), altofobia (medo de altura), antropofobia (medo de enfrentar a sociedade, levando à solidão), gerontofobia (medo de envelhecer), necrofobia (medo da morte e até dos mortos), obesofobia (medo de engordar, como no caso das modelos), talassofobia (medo do mar), etc.
Todos nós temos medos, mas não necessariamente fobias. O maior desafio é "administrar" nossos medos, já que os extinguir pode ser difícil. Em primeiro lugar, deve-se identificar e classificar o medo para, depois, mapear a origem deles. Uma vez identificados e classificados os nossos medos, o trabalho agora é realizar um mapeamento da origem dele, nunca se esquecendo de que o medo é um instrumento de sobrevivência.
O medo pode ser benéfico. O medo tanto pode ser um amigo ou um grande inimigo. Se o perigo pode ser real ou imaginário, o medo também o será. Para um medo ser identificado, necessário se torna compreender como ele apareceu (quando, como e o porquê). Quase sempre o medo se disfarça, lançando mão de símbolos, num processo muito parecido com os sonhos. Em todos os medos, se não se conseguir dominá-los racionalmente, existem opções.
As opções podem estar na fé, na família e na ajuda espiritual. Esta última exige uma enérgica e sincera autorreforma, um intenso e permanente tratamento, visando libertar-se de seus medos, manias, fobias, neuroses e eventuais psicoses. A vantagem é mostrar a realidade das coisas e com isso afastar o temor exagerado, a fobia. Muitos fatos da presente existência estão na origem de vidas passadas.
Vamos lá: sabendo que nossos espíritos guardam os fatos marcantes de outras existências, não ficará difícil conjeturar que o medo no presente pode ter-se originado por suicídio ou por ter sido vítima. Vamos exemplificar. Pode ser que quem tem medo de multidão tenha sido uma pessoa já condenada e até quem sabe, apedrejada em público. Quem tem medo de altura pode ter se suicidado atirando-se ou sendo atirada de um penhasco. O medo da água pode ter sido resultado de um afogamento. Já o medo de lugares fechados pode ser o resultado de uma morte num calabouço. E o medo de bichos? Não se teria morrido sob ataque de algum deles?
O temor do futuro é o pior dos medos, mas nada na vida é para ser temido, deve ser entendido. E não existe maior antídoto contra o medo do que o conhecimento, inclusive o espiritual. A alternativa à regressão é a busca de uma explicação em vidas passadas para medos e fobias. A espiritualidade tem respostas e ajudará a minimizar os danos desses medos. No momento em que se acha a causa deles, um mundo deslumbrante surgirá na vida dos que vivem sob a égide de temores.
Alguém irônico disse, certa vez, que alguns são considerados corajosos só porque tiveram medo de sair correndo. Na verdade, coragem não é a ausência do medo e, sim, julgar que alguma coisa é mais importante do que o medo. Afinal, existe uma fronteira tênue entre ser corajoso e estúpido, certo?
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