Arte coluna Atila Nunes 02/09Paulo Márcio
Publicado 02/09/2023 00:00
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Os maiores genocidas da humanidade são reis e ditadores. Na lista, engana-se quem acha que Hitler está no topo. A pergunta que muitos se fazem é o que acontecem com os espíritos desses criminosos quando desencarnam. Primeiro, vamos mostrar o ranking (até agora) dos maiores assassinos em massa da
história da humanidade.
Pol Pot foi responsável pelo genocídio de três milhões de cambojanos. Por volta dos anos 70, Pol Pot impôs no Camboja sua visão particular do maoísmo, o marxismo rural, tirando todo mundo das cidades e forçando-os a trabalhar 18 horas por dia em fazendas, com sepulturas coletivas para quem não aguentasse a jornada da morte. Quase um terço dos cambojanos pereceram.
Leopoldo II massacrou oito milhões de africanos. Rei da Bélgica, assumiu o Congo (conhecido à época como Congo Belga), uma vasta área cedida pela comunidade internacional ao rei pessoalmente (não à Bélgica). Nesse reino particular, diferente da Bélgica, ele era o monarca absoluto. Explorou brutalmente a borracha e o marfim através de torturas e mutilações para forçar a população a trabalhar.
Os japoneses cometeram atrocidades comparáveis às dos nazistas na Segunda Guerra, incluindo o uso de armas biológicas e experiências com prisioneiros. Isto custou 11 milhões de vidas. A culpa recaiu toda sobre o exército e o imperador Hirohito permaneceu no trono. Hoje se sabe que ele foi o culpado.
Josef Stalin conseguiu a infeliz proeza de assassinar 20 milhões de soviéticos em campos de trabalhos forçados na Sibéria. Boa parte foi morta por fome.
Gengis Khan bateu o recorde: massacrou 40 milhões. Os mongóis davam às cidades a opção de se render ou a aniquilação completa. Bagdá pagou para ver e uma pilha com 90 mil crânios foi erguida às suas portas. Proporcionalmente, ninguém chega aos pés de Gengis Khan, que eliminou 10% da população do mundo à sua época.
Em números absolutos, ninguém supera o chinês Mao Zedong. Trinta milhões morreram de fome apenas no esforço de industrialização catastrófico, onde a mão de obra das fazendas foi desviada para a produção de ferro. E no mínimo mais um milhão foi morto na Revolução Cultural, que atiçou os jovens a atacar tudo o que achassem velho ou ocidental. Isso incluía professores e membros do Partido Comunista.
Vinte milhões de civis foram vítimas diretas da atrocidade nazista, seis milhões deles judeus e os demais, ciganos, homossexuais e civis de países conquistados. Ele pode ser campeão em ódio, mas só venceria em mortes se fossem computadas todas as mortes da Segunda Guerra a ele — o que é plausível, já que ele é a causa. Então, seriam 62 milhões.
Como está Hitler, entretanto, no plano espiritual? Onde estaria o espírito de Hitler? Chico contou ao nosso irmão Geraldo Lemos Neto uma história muito interessante. Segundo ele, imediatamente após a sua desencarnação, o espírito de Hitler recebeu das Altas Esferas uma sentença de ficar mil anos terrestres em regime de solitária numa prisão espiritual.
Chico explicou a ele que esta providência foi necessária, não somente pelo aspecto da pena que se lhe imputara em razão de seus erros imperdoáveis, mas também em função da Misericórdia Celeste em protegê-los da horda de milhões de almas vingativas que não o haviam perdoado suas atitudes criminosas. Durante este período de 10 séculos em absoluta solidão, ele seria chamado a meditar mais profundamente sobre os enganos cometidos e então teria nova chance de recomeçar na estrada evolutiva.
Diante das atrocidades do holocausto, é natural esperar sofrimentos atrozes do espírito mau de Hitler quando ele chegasse ao mundo espiritual. Esse pensamento exagerado está influenciado pelo dogma do inferno e dos pecados. O espiritismo propõe outro raciocínio. O sofrimento de Hitler, como de todo espírito mau, está na cobrança de sua consciência e na visão de suas vítimas. 
Só há uma saída, o arrependimento. Não há sofrimento eterno. E se mantém até quando o indivíduo se arrependa. Um indivíduo, por mais perverso e inteligente, não teria poder suficiente para, sozinho, criar as atrocidades da Segunda Guerra Mundial. Muita gente divide essa culpa. Os espíritos maus circulam entre nós, em virtude da inferioridade moral de nossos habitantes. Hitler não estava envolvido com seus projetos de destruição apenas naquela vida. Hitler foi um espírito dedicado aos poderes das trevas.
Muitos desses espíritos demoram milênios em outras regiões do mundo espiritual, não desistindo da aspiração de conquistar o mundo e expulsar a luz para sempre, se possível, como salienta o pesquisador Hermínio Miranda. O comprometimento de Hitler com esse grupo espiritual se deu antes, durante e
depois da vida.
Hitler um dia vai se arrepender do sofrimento que causou. Ninguém está condenado ao mal eterno, isso é impossível, como vamos na análise da Revista Universo Espírita. Pelo esforço de seus habitantes, o bem vai predominar na Terra nas próximas gerações. Não haverá mais ambiente para as pretensões dos maus espíritos, e os que persistirem vão para mundos inferiores.
Átila Nunes
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