Publicado 29/07/2022 19:50 | Atualizado 17/08/2022 12:24
A dificuldade ou esforço excessivos em evacuar afetam significativamente a qualidade de vida de quem sofre com o intestino preso.
Considera-se um hábito intestinal normal a ida ao banheiro até 3 vezes por dia, até 3 vezes por semana. Caso você não se encaixe nesse padrão é bem provável que algo não vai bem com o funcionamento do seu intestino e você sofra de constipação intestinal crônica.
Sabendo da importância deste tema, trouxemos aqui o Dr. Luciano Chaves, especialista em Gastroenterologia pelo Hospital das Clínicas da USP de Ribeirão Preto-SP, para nos explicar um pouco mais.
De acordo com o Dr. Luciano, um intestino que não funciona bem pode trazer consequências bastante desagradáveis como dores cólicas, excesso de gases, distensão abdominal, irritabilidade.
Sabendo da importância deste tema, trouxemos aqui o Dr. Luciano Chaves, especialista em Gastroenterologia pelo Hospital das Clínicas da USP de Ribeirão Preto-SP, para nos explicar um pouco mais.
De acordo com o Dr. Luciano, um intestino que não funciona bem pode trazer consequências bastante desagradáveis como dores cólicas, excesso de gases, distensão abdominal, irritabilidade.
Para diminuir as chances do problema, o especialista dá algumas dicas e nos esclarece mais sobre isso:
1. BEBER ÁGUA É FUNDAMENTAL
A ingestão de água pode não aliviar os sintomas de imediato, mas é possível afirmar com certeza que é a mais importante e efetiva atitude quando se busca um melhor funcionamento do intestino. Isso porque a água auxilia na formação e lubrificação do bolo fecal e favorece a evacuação. E como saber qual a quantidade ideal?
De um modo geral, beber 2 a 4l de água por dia é o recomendado, mas se quiser saber com mais apuro, o indicado pela maioria dos profissionais é a ingestão de 35ml/kg de peso, então um adulto de 70kg deve ingerir 2.450ml de água por dia.
2. O INTESTINO PRESO É MAIS COMUM NOS IDOSOS, MAS ISSO NÃO É EXCLUSIVIDADE DELES!
Apesar de ser mais frequente nessa faixa etária, em virtude de menor ingestão de líquidos e menor mobilidade, engana-se quem pensa que a dificuldade em evacuar é uma condição que atinge apenas os mais velhos. O intestino preso pode ocorrer em qualquer fase da vida, até mesmo na infância.
3. ADIAR A EVACUAÇÃO É UMA DAS PRINCIPAIS CAUSAS DO INTESTINO PRESO
Muitas pessoas, principalmente as mulheres, apresentam dificuldades em ‘ir ao banheiro’ quando estão fora de casa. Dessa forma, ao viajar, por exemplo, ou por motivos “psicológicos” existe uma maior prevalência de prisão de ventre no sexo feminino. O grande problema é que esse “adiar ou segurar a evacuação” contribui para a manutenção ou agravamento dos sintomas, gerando cada vez mais desconforto e mal estar.
Por isso vale reforçar…tá com vontade de fazer cocô? Vá e faça, afinal, todo mundo faz e isso não é motivo para vergonha. Respeite as necessidades do seu organismo!
4. FATORES EMOCIONAIS ESTÃO MUITO RELACIONADOS AO INTESTINO PRESO
Por isso vale reforçar…tá com vontade de fazer cocô? Vá e faça, afinal, todo mundo faz e isso não é motivo para vergonha. Respeite as necessidades do seu organismo!
4. FATORES EMOCIONAIS ESTÃO MUITO RELACIONADOS AO INTESTINO PRESO
Você sabia que as emoções afetam diretamente o funcionamento do intestino? Isso ocorre por alterações no ‘eixo cérebro-intestino’. Assim, é compreensível que em situações de nervosismo, ansiedade ou estresse excessivo, o funcionamento do intestino esteja afetado.
Para combater esse mal é importante a realização de atividades que diminuam os níveis de estresse como meditar, praticar exercícios físicos de sua preferência, realizar acompanhamento psicológico e até mesmo sair com amigos, ir ao cinema ou ouvir uma boa música.
5. A AUTOMEDICAÇÃO PODE PIORAR O QUADRO
O grande erro da maioria das pessoas que sofrem com o intestino preso é buscar soluções caseiras ou se automedicar com laxantes vendidos sem receita médica nas farmácias. Além de causar complicações como tolerância e piora progressiva do quadro, os efeitos colaterais dessas substâncias podem prejudicar e muito sua saúde.
Automedicação, NÃO!!
SOBRE O TRATAMENTO
O primeiro passo é a mudança de estilo de vida. De um modo geral e após serem excluídas causas secundárias o paciente recebe orientações sobre alimentação saudável e rica em fibras, hidratação adequada, prática regular de atividades físicas e cuidados com a mente, sendo que na maioria das vezes estas medidas já costumam aliviar o problema.
Na ausência de resposta com essa abordagem, é necessário considerar o uso de medicamentos que auxiliem na prisão de ventre, que se indicados corretamente e por profissionais adequados, podem sim trazer grandes benefícios e melhora na qualidade de vida, completa o Dr. Luciano Chaves.
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