Publicado 22/07/2024 00:00
Tendo sido eleito em 2018, como resultado do desencanto do eleitorado com políticos tradicionais e no vazio provocado por sórdida armadilha a então maior liderança do Estado, o governador Romeu Zema não entendeu a oportunidade que o destino lhe ofereceu. Limitou-se a arrumar o caos provocado pelos anos PT – do qual o próprio governador Fernando Pimentel foi vítima –, tendo sucesso, que o reelegeu.
Gestor moderno, experiente empresário, trabalhador, Zema tem sido um bom gerente. Política, porém, é uma arte que vem de longe. Não perdoa amadores, é atividade que pede união, alianças, respeito a valores e a personalidades que construíram a história.
O governador Zema nunca se interessou em conviver e ouvir a classe política mineira, tratada a distância, mesmo tendo mantido quadros com muita história, liderança e apoio popular. Sem ter a classe política de seu estado, do centro democrático, como poderá aspirar voos nacionais, é o caso de ser perguntar.
Ao que se sabe, nunca procurou conversar com Aécio Neves, filho e neto de políticos relevantes, presidente mais jovem da Câmara dos Deputados, governador realizador em dois mandatos, candidato a Presidente da República e líder partidário. Muito menos teve a curiosidade de um contato menos formal com a bancada federal, que é formada por herdeiros do que existiu de melhor na política mineira, como Paulo Abi-Ackel, Lafayette Andrada e Rodrigo de Castro, todos respeitados pelo espírito público e a sucessão de mandatos.
Curioso é que seu isolamento também o manteve distante de procurar conhecer o pensamento de homens públicos relevantes retirados da política, como Oscar Corrêa Filho, José Santana, Arlindo Porto, todos ilibados.
Zema não criou herdeiros de seus bons mandatos. Por equívoco político, pode não fazer sucessor, como Bolsonaro não se reelegeu por falta de articulação. E esta insegurança do governador não apenas prejudicou um legítimo desdobramento de sua carreira, mas os próprios interesses de Minas Gerais e do Brasil. Uma constatação de uma realidade que a ninguém favorece.
PublicidadeGestor moderno, experiente empresário, trabalhador, Zema tem sido um bom gerente. Política, porém, é uma arte que vem de longe. Não perdoa amadores, é atividade que pede união, alianças, respeito a valores e a personalidades que construíram a história.
O governador Zema nunca se interessou em conviver e ouvir a classe política mineira, tratada a distância, mesmo tendo mantido quadros com muita história, liderança e apoio popular. Sem ter a classe política de seu estado, do centro democrático, como poderá aspirar voos nacionais, é o caso de ser perguntar.
Ao que se sabe, nunca procurou conversar com Aécio Neves, filho e neto de políticos relevantes, presidente mais jovem da Câmara dos Deputados, governador realizador em dois mandatos, candidato a Presidente da República e líder partidário. Muito menos teve a curiosidade de um contato menos formal com a bancada federal, que é formada por herdeiros do que existiu de melhor na política mineira, como Paulo Abi-Ackel, Lafayette Andrada e Rodrigo de Castro, todos respeitados pelo espírito público e a sucessão de mandatos.
Curioso é que seu isolamento também o manteve distante de procurar conhecer o pensamento de homens públicos relevantes retirados da política, como Oscar Corrêa Filho, José Santana, Arlindo Porto, todos ilibados.
Zema não criou herdeiros de seus bons mandatos. Por equívoco político, pode não fazer sucessor, como Bolsonaro não se reelegeu por falta de articulação. E esta insegurança do governador não apenas prejudicou um legítimo desdobramento de sua carreira, mas os próprios interesses de Minas Gerais e do Brasil. Uma constatação de uma realidade que a ninguém favorece.
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