Publicado 03/04/2022 00:00
Comumente utilizada em mitos, romances e obras narrativas em geral, a Jornada dos Heróis, criada por Joseph Campbell em 1949, é um conceito que apresenta uma forma cíclica de contar histórias, sempre com um personagem que supera vários desafios até se tornar um herói.
Uma dessas etapas é o confronto com o inimigo, que o torna mais forte. Aqui, qualquer semelhança não é mera coincidência. Todos nós enfrentamos a fase do inimigo e, de verdade, ela nos torna mais fortes.
Os inimigos são necessários porque eles ressaltam seus pontos fracos e servem de espelho.
É justamente com o inimigo que se pratica o controle, a tolerância, a paciência.
Relações exclusivamente harmônicas geram uma inércia que pode ser paralisante, pois não é necessário buscar coisas novas e ninguém se vê obrigado a rever as suas convicções; ficando limitado apenas a seguir o caminho de sempre.
Nas artes marciais, afirma-se que o ataque adversário pode ser usado em seu benefício, se o impulso for canalizado na direção adequada. Além disso, o confronto tem a vantagem de nos obrigar a entrar em ação; a abandonar a inércia para tomar decisões.
O inimigo faz com que você se mova e saia da situação de comodidade que havia te paralisado. Ele nos obriga a extrair o melhor de nós mesmos.
Além de pessoas difíceis de se lidar, essa máxima se adequa às questões da vida. Quando as coisas ao seu redor não vão bem, quando você não está satisfeito com a sua vida, essa contrariedade, essa força negativa que afeta a sua estabilidade atua como um inimigo, e deve ser utilizada como um motor para a mudança.
Todo conflito revela o que não funciona, e nos permite acender a faísca da criatividade. Sem alguém ou algo que nos desafie essa faísca seria apagada, por isso devemos agradecer aos obstáculos e até aos inimigos porque, graças a eles, podemos crescer e subir mais um degrau do crescimento pessoal.
A Palavra de Deus nos diz que “todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto”, Rm 8.28. Isso inclui as coisas boas e as ruins.
E posso garantir a você que são as situações difíceis que nos empurram para perto de Deus.
Então, pense nisso: seus inimigos podem ser mais úteis que os seus amigos, afinal, moinhos não giram sem vento.
Que Deus abençoe a sua semana!
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