Publicado 11/09/2022 06:00
Algumas vezes, poderíamos ser mais produtivos, bondosos e acolhedores se a gente ficasse em silêncio. Palavras ditas na hora ou contexto errado podem trazer transtornos e prejuízos desnecessários. Não me refiro aos momentos de raiva, quando nosso ímpeto em descarregar nossa insatisfação pode nos fazer perder o ponto, mas, àqueles comentários pensados que podem ferir os outros, manchar a imagem e a reputação de alguém.
Uma mãe que não gostaria de ter mais filhos, porém, por algum motivo, engravida e sempre lembra ao filho que ele não foi planejado. As inevitáveis comparações entre irmãos, as histórias que antecederam seu nascimento ou que se repercutiu por causa da sua chegada. São tantas situações, antes de uma pessoa nascer, que podem ter acontecido, e o fato é que não pedimos para vir ao mundo.
Portanto não precisamos ser lembrados de determinados episódios. Não vai contribuir em nada a pessoa saber do que aconteceu de ruim por causa do seu nascimento, e, pior ainda, pode gerar uma ferida de rejeição. Quantas pessoas indesejadas estão andando entre nós, algumas sobreviventes de um aborto mal sucedido, outras geradas através de um estupro, outras chegaram em um momento em que a família já estava completa.
Para que falar que queria um menino? Por que jogar na cara que tentou abortar? Por que fazer questão de comentar que não desejava o nascimento? Existem muitas pessoas feridas que são frequentemente magoadas com essas falas desnecessárias do tipo: "Você não sabe o que eu sofri por sua causa".
Afirmações assim geram culpa em quem escuta, e a culpa é um fardo pesado demais de se carregar quando não existe um entendimento do que se fazer. E, pior ainda, as pessoas que ferem geralmente são aquelas que possuem uma figura de autoridade, o que lhes conferem muito mais peso no que dizem.
Silenciar, nesses casos, é trabalhar cuidadosamente as próprias insatisfações para evitar respingar frustrações em quem não tem culpa alguma de ter sido gerado. Não é sobre o que se fala, é sobre quem fala. A responsabilidade afetiva precisa começar com os nossos, no seio familiar. São essas palavras e atitudes que constroem ou destroem nosso sentimento de pertencimento.
Por causa disso, existem muitos adultos que ainda se sentem inadequados em qualquer contexto que sejam inseridos. Falta-lhes compreender que são amados, apesar de tudo. Jesus nos ensinou que, de toda palavra ociosa que sair dos nossos lábios, daremos conta: Mateus 12:36: “Mas eu vos digo que de toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no Dia do Juízo”.
Ocioso é algo inativo, que não produz nada. Se suas palavras não carregam vida, guarde-as. Nesses casos e em tantas outras situações, o silêncio vale ouro!
Uma mãe que não gostaria de ter mais filhos, porém, por algum motivo, engravida e sempre lembra ao filho que ele não foi planejado. As inevitáveis comparações entre irmãos, as histórias que antecederam seu nascimento ou que se repercutiu por causa da sua chegada. São tantas situações, antes de uma pessoa nascer, que podem ter acontecido, e o fato é que não pedimos para vir ao mundo.
Portanto não precisamos ser lembrados de determinados episódios. Não vai contribuir em nada a pessoa saber do que aconteceu de ruim por causa do seu nascimento, e, pior ainda, pode gerar uma ferida de rejeição. Quantas pessoas indesejadas estão andando entre nós, algumas sobreviventes de um aborto mal sucedido, outras geradas através de um estupro, outras chegaram em um momento em que a família já estava completa.
Para que falar que queria um menino? Por que jogar na cara que tentou abortar? Por que fazer questão de comentar que não desejava o nascimento? Existem muitas pessoas feridas que são frequentemente magoadas com essas falas desnecessárias do tipo: "Você não sabe o que eu sofri por sua causa".
Afirmações assim geram culpa em quem escuta, e a culpa é um fardo pesado demais de se carregar quando não existe um entendimento do que se fazer. E, pior ainda, as pessoas que ferem geralmente são aquelas que possuem uma figura de autoridade, o que lhes conferem muito mais peso no que dizem.
Silenciar, nesses casos, é trabalhar cuidadosamente as próprias insatisfações para evitar respingar frustrações em quem não tem culpa alguma de ter sido gerado. Não é sobre o que se fala, é sobre quem fala. A responsabilidade afetiva precisa começar com os nossos, no seio familiar. São essas palavras e atitudes que constroem ou destroem nosso sentimento de pertencimento.
Por causa disso, existem muitos adultos que ainda se sentem inadequados em qualquer contexto que sejam inseridos. Falta-lhes compreender que são amados, apesar de tudo. Jesus nos ensinou que, de toda palavra ociosa que sair dos nossos lábios, daremos conta: Mateus 12:36: “Mas eu vos digo que de toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no Dia do Juízo”.
Ocioso é algo inativo, que não produz nada. Se suas palavras não carregam vida, guarde-as. Nesses casos e em tantas outras situações, o silêncio vale ouro!
Bispo Abner Ferreira
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