Abner4dezARTE O DIA
Publicado 04/12/2022 06:00
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos.” Mateus 5.6. Em Sua exposição no Sermão do Monte, podemos presenciar que Cristo colocou a justiça como um dos atributos das bem-aventuranças. É belo ler o nosso Senhor Jesus proclamar nesta bem-aventurança que, aqueles que possuem sede de justiça, não serão desiludidos, pois, serão saciados pela justiça divina!

Nesta bem-aventurança, Cristo expõe a relevância da retidão e que essa busca por justiça deve fazer parte da vida dos fiéis. Afinal, Deus é sempre justo e Sua justiça expõe Sua verdade e fidelidade.

Se bem observado, o Deus de Israel, ao longo de todo Antigo Testamento, sempre foi visto como aquele que exerce a justiça, Ele nunca age de forma desonesta e retribui a cada um conforme a Sua justiça (Sl 7.11-12). Dentro deste pensamento, é oportuno lembrar que a justiça é uma das características de Deus (Sl 9.8).
Afigura-se que Deus é o Juiz Justo e não comete erros. Ser Justo está em Sua natureza, Ele não aceita influência, não age apenas por emoção, não se deslumbra. Ele apenas faz o que é verdadeiro.

Neste sentido estamos certos de que a justiça de Deus está vinculada à Sua santidade, à Sua onisciência, à Sua onipotência e à Sua onipresença. Vale observar, no entanto, que a justiça que agrada a Deus é, ao mesmo tempo, boa, graciosa e amável. O apóstolo Paulo escrevendo aos efésios os encorajou a vestirem a armadura de Deus (que traz a couraça da justiça) para combaterem às ciladas do diabo (Ef 6.13-14).

Percebemos, então, que o crente que apresenta fome e sede de justiça sente a dor do próximo e não somente as suas, pois isto faz parte de seu caráter. Jesus deixou claro que há duas bênçãos prometidas para aqueles que apresentam fome e sede de justiça: serão fartos e felizes.

Observe-se ainda que, nas palavras do apóstolo Paulo, está implícita a ideia de que o verdadeiro cristão possui um desejo ardente por justiça, pois este não se alegra com a injustiça, entretanto, folga com a verdade (1Co 13.6). Seguindo este pensamento, a relevância da justiça na vida do crente é que o induz a atuar de forma apropriada, fazendo aquilo que é certo.

Podemos assim falar que a justiça deve irradiar na vida do crente, compreendendo tanto o aspecto moral quanto social. Citamos que, assim como Jesus sempre se posicionou ao lado dos oprimidos e daqueles que não tinham voz, cabe a cada um de nós sempre se colocar ao lado daqueles que sofreram injustiça.

Diante do exemplo do Mestre ninguém pode ficar indiferente a esta causa. Nas Escrituras fica implícita a ideia de que cabe a cada um de nós expressar o amor e a justiça de Deus em nossos gestos de bondade e misericórdia para com os menos afortunados.

Não podemos esquecer que o amor a Deus é o primeiro mandamento na ordem da obrigação, contudo o amor ao próximo é o primeiro na ordem da ação. Assim, o dever de justiça se torna mais urgente quando o outro se encontra faminto e sedento.

Amar ao nosso próximo é um mandamento e, por isso, se não amamos, estamos desobedecendo a Deus (Jo 15.12). A Bíblia nos mostra que aquele que vive um amor ao próximo ama a Deus. Se nós amamos a Deus, também temos que amar o nosso próximo (Tg 2.8).

É, portanto, imprescindível dizer que precisamos lutar contra toda forma de injustiça. Assim devemos permanecer no amor de Cristo e produzir frutos na justiça, pois a justiça alcança sua plenitude interior somente no amor.
Bispo Abner Ferreira 

ORAÇÃO DO DIA: Nossa oração de hoje é para que possamos agir de acordo com os ensinamentos de Cristo, a fim de fazer uso da justiça a todos.

Fonte: Livro “Ser Relevante”, Autor: Bispo Abner Ferreira, Editora Betel.
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