Publicado 10/09/2023 00:00
"Não julgueis, para que não sejais julgados, porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão." Mateus 7.1-5,
Infelizmente, vemos muitos cristãos cujos comportamentos estão muito aquém do de uma pessoa que procura se santificar para Deus. Através de uma enxurrada de condutas reprováveis por Deus, muitos cristãos, ao serem repreendidos por seus comportamentos tóxicos e recorrentes, demonstram não estarem dispostos a reconhecerem seus erros quando agem mal. Essas pessoas vivem se revoltando contra a liderança da igreja, contra seus pais, contra as autoridades constituídas por Deus, são mentirosas e relaxadas, não só em relação à aparência, como também no cuidado da família e com as coisas de Deus, são mesquinhas, possuem maus olhos, são autoritárias, recorrem à sensualidade, etc. Essas pessoas quando repreendidas têm por hábito mencionar mecanicamente o que o Senhor Jesus disse no Evangelho de Mateus: "Não julgueis, para que não sejais julgados", (Mateus 7.1).
É nossa tese que essas pessoas fazem uso deste texto para justificarem os seus atos pecaminosos. Ou seja, ao invés de se arrependerem, citam mecanicamente a seguinte frase: "Quem é você para me julgar?". Percebemos que o homem, por sua natureza pecaminosa, não gosta de ser repreendido, desse modo, para não sofrer possíveis julgamentos daqueles que tentam confrontar as suas atitudes com a Palavra de Deus, recorrem à seguinte arma: cuidado! você está me julgando! Confesso que nos chama atenção o hábito das pessoas em relação à Palavra de Deus de ler os versículos e analisá-los individualmente ou de forma descontextualizada. Começamos a perceber o porquê de muitos repetirem essa fala usando e reproduzindo este versículo tentando nos fazer "fechar a boca". Não podemos deixar de notar que dizem isso para tentar explicar suas atitudes erradas de forma que ninguém possa repreendê-los.
Neste sentido, a pergunta que deve ser feita é a seguinte: o que o Mestre quis dizer com a frase "Não julgueis"? Entendemos que, diferentemente da justiça dos homens, o que Jesus estava querendo dizer ao pronunciar "Não julgueis, para que não sejais julgados" é que o nosso julgamento deve ser baseado na reta justiça e não na aparência. A fala de Jesus não nos proíbe de toda categoria de julgamento, somente o julgamento hipócrita ou julgamento temerário. Não podemos deixar de mencionar que a palavra hipócrita remete a "ser falso", fingido, artificial, mentiroso e enganador.
A Bíblia deixa transparecer que o julgamento hipócrita é aquele que enxergamos e apontamos o defeito no outro, contudo não observamos que possuímos os mesmos defeitos. Essa categoria de julgamento foi condenada por Jesus: "Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça", (João 7.24). Já o julgamento temerário é aquele que é feito de maneira precipitada, maldosa, apressada, tomando por fonte informações de terceiros. Daí o motivo do Senhor Jesus proibir o julgamento hipócrita/ temerário, pois aqueles que assim agem não reconhecem os próprios erros, não podendo ver seu estado pecaminoso. Começamos a perceber assim o motivo de Jesus ter dito: "Não julgueis, para que não sejais julgados", referindo-se à crítica mentirosa, difamatória e ultrajante. Não podemos esquecer que, na narrativa do capítulo 7, verso 2, Jesus diz: "Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós".
O Pai como um Juiz justo possui todo direito de julgar, porque Ele é sempre imparcial. Entretanto, nós necessitamos sermos cautelosos com os julgamentos, porque podemos errar. Quem condena outra pessoa pode estar desaprovando a si próprio! Sabemos que, para repreendemos corretamente, precisamos da ajuda de Deus. Quando exortarmos alguém pelos seus erros, devemos ser responsáveis em mostrar biblicamente onde elas estão desajustadas conforme a Palavra de Deus. Lembre-se: a exortação não deve ser produzida por uma vontade de desaprovar os outros e, sim, socorrer a pessoa de qualquer ato prejudicial que a afaste de Deus.
O Mestre, em nenhuma ocasião, nos impulsiona a ficarmos emudecidos diante dos erros dos outros, entretanto, Ele nos exorta para olharmos para dentro de nós antes de exortarmos alguém: "E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?", (Mateus 7.3-4). Todas as vezes que julgar alguém por um ato que não se enquadra nas Escrituras, faça isso com afeto, com o intuito de que essa pessoa se arrependa e volte a andar nos caminhos do Senhor.
ORAÇÃO DO DIA:
Nossa oração de hoje é para que o Senhor não nos permita julgar conforme o que nossos olhos veem e, sim, que possamos fazê-lo de modo justo e verdadeiro.
Fonte: livro 'Ser Relevante'. Autor: Bispo Abner Ferreira. Editora Betel.
Infelizmente, vemos muitos cristãos cujos comportamentos estão muito aquém do de uma pessoa que procura se santificar para Deus. Através de uma enxurrada de condutas reprováveis por Deus, muitos cristãos, ao serem repreendidos por seus comportamentos tóxicos e recorrentes, demonstram não estarem dispostos a reconhecerem seus erros quando agem mal. Essas pessoas vivem se revoltando contra a liderança da igreja, contra seus pais, contra as autoridades constituídas por Deus, são mentirosas e relaxadas, não só em relação à aparência, como também no cuidado da família e com as coisas de Deus, são mesquinhas, possuem maus olhos, são autoritárias, recorrem à sensualidade, etc. Essas pessoas quando repreendidas têm por hábito mencionar mecanicamente o que o Senhor Jesus disse no Evangelho de Mateus: "Não julgueis, para que não sejais julgados", (Mateus 7.1).
É nossa tese que essas pessoas fazem uso deste texto para justificarem os seus atos pecaminosos. Ou seja, ao invés de se arrependerem, citam mecanicamente a seguinte frase: "Quem é você para me julgar?". Percebemos que o homem, por sua natureza pecaminosa, não gosta de ser repreendido, desse modo, para não sofrer possíveis julgamentos daqueles que tentam confrontar as suas atitudes com a Palavra de Deus, recorrem à seguinte arma: cuidado! você está me julgando! Confesso que nos chama atenção o hábito das pessoas em relação à Palavra de Deus de ler os versículos e analisá-los individualmente ou de forma descontextualizada. Começamos a perceber o porquê de muitos repetirem essa fala usando e reproduzindo este versículo tentando nos fazer "fechar a boca". Não podemos deixar de notar que dizem isso para tentar explicar suas atitudes erradas de forma que ninguém possa repreendê-los.
Neste sentido, a pergunta que deve ser feita é a seguinte: o que o Mestre quis dizer com a frase "Não julgueis"? Entendemos que, diferentemente da justiça dos homens, o que Jesus estava querendo dizer ao pronunciar "Não julgueis, para que não sejais julgados" é que o nosso julgamento deve ser baseado na reta justiça e não na aparência. A fala de Jesus não nos proíbe de toda categoria de julgamento, somente o julgamento hipócrita ou julgamento temerário. Não podemos deixar de mencionar que a palavra hipócrita remete a "ser falso", fingido, artificial, mentiroso e enganador.
A Bíblia deixa transparecer que o julgamento hipócrita é aquele que enxergamos e apontamos o defeito no outro, contudo não observamos que possuímos os mesmos defeitos. Essa categoria de julgamento foi condenada por Jesus: "Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça", (João 7.24). Já o julgamento temerário é aquele que é feito de maneira precipitada, maldosa, apressada, tomando por fonte informações de terceiros. Daí o motivo do Senhor Jesus proibir o julgamento hipócrita/ temerário, pois aqueles que assim agem não reconhecem os próprios erros, não podendo ver seu estado pecaminoso. Começamos a perceber assim o motivo de Jesus ter dito: "Não julgueis, para que não sejais julgados", referindo-se à crítica mentirosa, difamatória e ultrajante. Não podemos esquecer que, na narrativa do capítulo 7, verso 2, Jesus diz: "Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós".
O Pai como um Juiz justo possui todo direito de julgar, porque Ele é sempre imparcial. Entretanto, nós necessitamos sermos cautelosos com os julgamentos, porque podemos errar. Quem condena outra pessoa pode estar desaprovando a si próprio! Sabemos que, para repreendemos corretamente, precisamos da ajuda de Deus. Quando exortarmos alguém pelos seus erros, devemos ser responsáveis em mostrar biblicamente onde elas estão desajustadas conforme a Palavra de Deus. Lembre-se: a exortação não deve ser produzida por uma vontade de desaprovar os outros e, sim, socorrer a pessoa de qualquer ato prejudicial que a afaste de Deus.
O Mestre, em nenhuma ocasião, nos impulsiona a ficarmos emudecidos diante dos erros dos outros, entretanto, Ele nos exorta para olharmos para dentro de nós antes de exortarmos alguém: "E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?", (Mateus 7.3-4). Todas as vezes que julgar alguém por um ato que não se enquadra nas Escrituras, faça isso com afeto, com o intuito de que essa pessoa se arrependa e volte a andar nos caminhos do Senhor.
ORAÇÃO DO DIA:
Nossa oração de hoje é para que o Senhor não nos permita julgar conforme o que nossos olhos veem e, sim, que possamos fazê-lo de modo justo e verdadeiro.
Fonte: livro 'Ser Relevante'. Autor: Bispo Abner Ferreira. Editora Betel.
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