Publicado 05/12/2020 13:34
Os últimos anos do empresário Paulo Gontijo nos mostra que de marasmo ele não morre: defendeu o liberalismo em inúmeros fóruns, apresentou programa de rádio que abriu espaço para centenas de empreendedores cariocas, entrou para o PSL com o sonho e a promessa de revitalizar o partido rumo aos pensamentos liberais, Jair Bolsonaro entrou no meio, viu-se que o acordado nem sempre é cumprido, saiu do partido sendo xingado pelo atual Presidente da república, apontou falhas graves no norte econômico brasileiro, arrumou mais alguns haters, fez parte do grupo de renovação política RenovaBr, ajudou a criar o movimento independente “Livres”, que elegeu alguns candidatos tanto em 2018 e 2020, arrematou mais de 6 mil votos na eleição de 2018 para deputado estadual, em plena pandemia rodou o país para debater empreendedorismo e novos negócios para as cidades e teve que dividir os cuidados das duas filhas pequenas.
Aproveitando esse suco de aventuras e estudos, a coluna convidou para responder cinco perguntas diretas sobre como fazer do Rio de Janeiro uma cidade mais empreendedora, mais aberta aos negócios e menos burocratizada. Evidente que também houve reflexão sobre a escola, assunto chave para esse colunista e para grande maioria das leitoras e leitores de “Coisas do Rio”.
Aproveitando esse suco de aventuras e estudos, a coluna convidou para responder cinco perguntas diretas sobre como fazer do Rio de Janeiro uma cidade mais empreendedora, mais aberta aos negócios e menos burocratizada. Evidente que também houve reflexão sobre a escola, assunto chave para esse colunista e para grande maioria das leitoras e leitores de “Coisas do Rio”.
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1) Como trazer novos investimentos para o Rio de Janeiro?
É importante que as pessoas entendam que o Rio de Janeiro é um lugar propício, onde as empresas podem investir com segurança, onde há respeito aos contratos, desburocratização, simplificação de processos e dá segurança. Empreendedorismo e atração de novas empresas passam por um trabalho coordenado de boa parte das áreas da Prefeitura e do Estado. É uma coisa que passa por ter um norte, por ter projeto de cidade, ter segurança, ter segurança jurídica, ter capital humano, que o Rio de Janeiro tem muito, e ter acesso aos investidores, ao dinheiro.
2) Em um cenário de tantas incertezas, quais são os pontos positivos de se investir no Rio?
Os pontos positivos de investir no Rio de Janeiro são, principalmente, sociedade da economia criativa, você ter muita gente boa, ter mão de obra qualificada, ter gente boa para ser contratada, você tem no Rio de Janeiro muita gente bem formada, muitas universidades, muita gente com pós-graduação sendo formada todos os anos...Aqui, a empresa consegue atrair talento. Tudo isso ajuda bastante o Rio de Janeiro.
3) Como montar um plano para trazer grandes, mas também estimular as médias e pequenas empresas?
Desburocratização é fundamental. Implementar no Rio de Janeiro a lei de liberdade econômica, que faz falta e simplifica muito os alvarás, processos e coisas assim. A cidade tem que entender qual é a vocação dela, onde estão os investimentos públicos, qual vai ser o calendário da cidade, tem que ter previsibilidade, aí os pequenos conseguem investir. Vou dar um exemplo básico: se a Prefeitura investir no porto, os pequenos e médios podem investir lá; se a Prefeitura disser que vai investir na Zona Oeste, lá se torna um lugar mais atrativo. É sinalizar para onde vai o investimento da Cidade ou do Estado. Isso é muito importante para os pequenos e grandes empreendedores.
4) Como desburocratizar o estado?
Desburocratização é fundamental. Implementar no Rio de Janeiro a lei de liberdade econômica, que faz falta e simplifica muito os alvarás, processos e coisas assim. A cidade tem que entender qual é a vocação dela, onde estão os investimentos públicos, qual vai ser o calendário da cidade, tem que ter previsibilidade, aí os pequenos conseguem investir. Vou dar um exemplo básico: se a Prefeitura investir no porto, os pequenos e médios podem investir lá; se a Prefeitura disser que vai investir na Zona Oeste, lá se torna um lugar mais atrativo. É sinalizar para onde vai o investimento da Cidade ou do Estado. Isso é muito importante para os pequenos e grandes empreendedores.
4) Como desburocratizar o estado?
Exigindo menos alvará, fazendo mais auto declaração dos empreendedores, informatizando mais, simplificando a fiscalização e, principalmente, separando em categorias o que é de alto e baixo risco. Para quem é de baixo risco, como por exemplo cabeleireiro, manicure, pessoas que têm pequenos negócios, muitas vezes em suas casas, é preciso ter quase zero de documentação para aquele negócio operar.
5) Como levar empreendedorismo para as escolas?
É fundamental não ser através da criação de uma nova disciplina, mas através de uma ação coordenada nas escolas. É preciso ser transversal. Empreendedorismo é, antes de tudo, a capacidade da pessoa ser dona da própria vida, protagonista da própria vida, trabalhando em projetos, entendendo a relação de causa e consequência, custo, quem paga, quem ganha, tudo isso é fundamental na vida profissional. Trabalhando isso como um conteúdo interdisciplinar, de forma coordenada e integrada com o mercado de trabalho, o aluno tem que sair podendo empreender como funcionário ou abrindo seu próprio negócio. São ferramentas muito básicas e às vezes não tão claras, como atitude, capacidade de tomar risco, lidar com gente, entender cenário. Tudo isso pode fazer dos nossos alunos bons empreendedores.
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Empreendedorismo em pauta
O jornal O Dia sempre mostra os enfrentamentos de empreendedores.
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