Publicado 28/01/2022 06:00 | Atualizado 03/02/2022 14:27
O projeto de destruição do Brasil, em todos os setores, virou uma política de Estado com o atual desgoverno. Na Saúde aparelhou o ministério com militares e negacionistas profissionais que tentaram sabotar uma tradição de imunização. Na Educação foram criados obstáculos para a digitalização das escolas.
A equipe técnica dessa pasta foi substituída por amadores e fanáticos ideológicos.
A equipe técnica dessa pasta foi substituída por amadores e fanáticos ideológicos.
Os investimentos na Ciência foram arruinados provocando uma fuga de talentos para o exterior. Tamanho retrocesso vai comprometer pelo menos uma geração de brasileiros. Na Economia, esse projeto megalômano e autoritário desorganizou cadeias produtivas, afastou investidores e fez o Brasil retornar a índices que pareciam superados.
O dólar disparou para R$ 5,60 e a inflação chegou a 10,06% no ano passado, reduzindo o poder de compra e desorganizando orçamentos das famílias brasileiras. O desemprego atingiu o número recorde de 14,8 milhões de trabalhadores. A Selic voltou aos dois dígitos e deve permanecer nesse patamar, pelo menos, até 2023.
O teto de gastos virou letra morta, liberando as contas públicas para uma farra de gastos eleitoreiros. A loucura com as contas públicas e o populismo fiscal assombrarão a população brasileira por muitos anos. O calote oficial foi institucionalizado e aumentou a insegurança jurídica, um dos pilares do custo Brasil. Esse colapso criará uma dívida pública que pode chegar à cifra de R$ 900 bilhões.
As mazelas do desgoverno nas contas do setor elétrico deixarão uma bomba inflacionária com um passivo de R$ 140 bilhões a ser repassado aos consumidores em 2023. A próxima gestão terá de lidar com essa disparada nas contas de luz.
O desgoverno está jogando os problemas para baixo do tapete, com fins eleitorais, e deixando a bomba para a próxima administração. A conta de luz já aumentou 35% desde janeiro de 2019, quase duas vezes a inflação medida pelo IPCA.
No final do ano passado a proporção, de brasileiros endividados bateu o recorde de 76,3%. Essa política de terra arrasada, em todos os setores, vai continuar neste ano. Estes três últimos anos têm sido marcado pelo aumento da pobreza e da fome com cenas horríveis de brasileiros e brasileiras disputando ossos em caminhões no país do Agronegócio.
A insensibilidade social deste desgoverno é clara e foi eliminada a necessidade de frequência escolar e de vacinação obrigatória das crianças. Vivemos um regresso ao tempo do coronelismo e do cabresto sem um programa de erradicação de miséria.
No meio ambiente, o desmanche foi total com as queimadas calcinando a imagem internacional do Brasil sem falar na desmontagem de nossa política externa nos relegando à condição de pária internacional. O desgoverno patrocinou abertamente grileiros, madeireiros e garimpeiros ilegais destruindo a nossa própria natureza de forma proposital. O resultado foi maior desmatamento amazônico em 14 anos com expansão de 29 por cento apenas em 2021. A devastação da Amazônia está mudando o regime de chuvas, o que causará prejuízos bilionários ao Agronegócio.
A resposta a essa série enorme de descalabros será dada, em outubro próximo, pelas urnas. Cedo ou tarde a verdade acaba sempre por impor-se, ou como disse Aldous Huxley, os fatos não deixam de existir porque eles são ignorados.
Cesário Melantonio Neto
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.