Publicado 09/02/2023 06:00
A equipe da Segurança Pública, incumbida de dar uma resposta à sociedade sobre as falhas que permitiram que terroristas ocupassem e depredassem as sedes dos Três Poderes da República, fez uma análise interessante do que ocorreu. Os órgãos responsáveis indicaram que, no ano de 2021, ocorreram 6.934 eventos em Brasília. Dentre esses, 478 atos públicos. Em 2022, foram registrados 12.741 eventos, sendo 522 atos públicos. No relatório apresentado pelo gabinete do interventor federal, não há apontamentos de violência ou vandalismos nesses atos. Ou seja, em dois anos foram cadastrados na SSP-DF 19.675 eventos e atos públicos sem identificar qualquer excepcionalidade violenta.
Com a derrota nas urnas do projeto fascista sustentado pelo governo Bolsonaro, em 30 de outubro de 2022, houve um evidente acirramento dos ânimos por parte dos bolsonaristas. A partir daquele dia, foram feitos bloqueios criminosos de rodovias federais e uma ridícula e perigosa instalação de acampamentos em frente às várias unidades militares espalhadas por diversas cidades do país. É fácil constatar que uma forte e caríssima operação financeira estava por trás de todos esses atos.
Impressionavam as estruturas formais nos alojamentos: barracas de camping e de lona, tendas, cozinhas coletivas, banheiros químicos, banheiro com chuveiro quente, geradores de energia, placas solares, som mecânico, caminhões usados como palco, trio elétrico e carro de som. A par disso, uma milionária logística garantia suporte aos bolsonaristas com o provimento de mantimentos, alimentos e água. Esses grupos utilizavam rádios-comunicadores com uma atuação profissional característica de serviços de segurança.
Com a derrota nas urnas do projeto fascista sustentado pelo governo Bolsonaro, em 30 de outubro de 2022, houve um evidente acirramento dos ânimos por parte dos bolsonaristas. A partir daquele dia, foram feitos bloqueios criminosos de rodovias federais e uma ridícula e perigosa instalação de acampamentos em frente às várias unidades militares espalhadas por diversas cidades do país. É fácil constatar que uma forte e caríssima operação financeira estava por trás de todos esses atos.
Impressionavam as estruturas formais nos alojamentos: barracas de camping e de lona, tendas, cozinhas coletivas, banheiros químicos, banheiro com chuveiro quente, geradores de energia, placas solares, som mecânico, caminhões usados como palco, trio elétrico e carro de som. A par disso, uma milionária logística garantia suporte aos bolsonaristas com o provimento de mantimentos, alimentos e água. Esses grupos utilizavam rádios-comunicadores com uma atuação profissional característica de serviços de segurança.
Com a reunião de pessoas claramente destinadas a romper a ordem e fomentar a balbúrdia, a violência passou a ser rotineira nos acampamentos. Apenas em um deles, no Setor Militar Urbano - Praça dos Cristais em Brasília, em dois meses, foram registrados 73 eventos de naturezas criminais.
É fácil perceber que todos esses atos só ocorreram pela postura beligerante do ex-presidente Bolsonaro. O principal responsável por tudo o que ocorreu. Durante os quatro anos de governo, de maneira inconsequente e imprudente, ele destilou o ódio como maneira de fazer política, dividiu as famílias e a sociedade, bem como investiu na instabilidade institucional ao propor fechar o Legislativo e, especialmente, o Judiciário. Ainda, agiu criminosamente contra o Supremo Tribunal Federal (STF), contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e contra os ministros e seus familiares.
É fácil perceber que todos esses atos só ocorreram pela postura beligerante do ex-presidente Bolsonaro. O principal responsável por tudo o que ocorreu. Durante os quatro anos de governo, de maneira inconsequente e imprudente, ele destilou o ódio como maneira de fazer política, dividiu as famílias e a sociedade, bem como investiu na instabilidade institucional ao propor fechar o Legislativo e, especialmente, o Judiciário. Ainda, agiu criminosamente contra o Supremo Tribunal Federal (STF), contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e contra os ministros e seus familiares.
Chegou a propor, inúmeras vezes, a ruptura institucional, tendo sido seguido por um bando insano e de baixíssima densidade intelectual que sugeria que, “por viverem numa Democracia, tinham absoluta liberdade de expressão e por isso poderiam pedir a intervenção militar para, contraditoriamente, acabar com a Democracia”.
Patético. Ridículo. Criminoso. Cruel e covarde. Durante todo esse governo fascista e assassino, a população foi armada para sustentar um golpe que sempre esteve nas entrelinhas. Foi possível perceber a gravidade do que era gestado no dia da diplomação de Lula em 12 de dezembro: a invasão ao prédio da Polícia Federal, em rara ousadia, carros e ônibus incendiados no centro da capital e cenas de barbárie e vandalismo. Era um crescendo da tentativa do golpe que ocorreu no dia 8 de janeiro, o dia da infâmia.
É importante salientar que todos esses atos terroristas são frutos de uma política de ódio e violência que sustenta o bolsonarismo. Na ânsia de manter o poder a qualquer custo, e com financiamento milionário de grupos que se locupletam do caos e se beneficiam da desordem das políticas públicas, do controle dos garimpos, da ocupação irregular das terras - especialmente na Amazônia, com a entrega, afinal, da soberania nacional -, esse bando não se intimidou e invadiu as sedes dos Três Poderes.
A rápida resposta do presidente Lula, dos presidentes dos Poderes constituídos, dos governadores e da sociedade em geral, a prisão em flagrante de quase 1.500 pessoas, com a posterior convalidação de centenas em prisões preventivas, bem como o oferecimento de quase 700 denúncias criminais, foram demonstrações de que os fascistas não passarão. Mas é preciso mais. É necessário identificar e responsabilizar criminal e civilmente todos os financiadores, os militares sejam de qualquer patente e os políticos que são os beneficiários desse ódio. E vamos voltar a fazer política institucional e respeitar a Constituição.
Tudo começou quando um capitão, expulso do Exército, pregava no Congresso Nacional o elogio à tortura, à fome, ao machismo e exaltava o racismo. E o Brasil não levou a sério o valor de viver em um Estado democrático de direito. Que todo esse pesadelo afaste o ódio da sociedade brasileira, restabeleça o diálogo e a boa e velha política e que o país possa voltar a se livrar da fome e da desesperança.
Não nos esquecendo das palavras do pastor Martin Niemöller:
“Quando os nazistas vieram buscar os comunistas, eu fiquei em silêncio; eu não era comunista.
Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu fiquei em silêncio; eu não era um socialdemocrata.
Quando eles vieram buscar os sindicalistas, eu não disse nada; eu não era um sindicalista.
Quando eles buscaram os judeus, eu fiquei em silêncio; eu não era um judeu.
Quando eles vieram me buscar, já não havia ninguém que pudesse protestar.”
Antônio Carlos de Almeida Castro, Kakay
Patético. Ridículo. Criminoso. Cruel e covarde. Durante todo esse governo fascista e assassino, a população foi armada para sustentar um golpe que sempre esteve nas entrelinhas. Foi possível perceber a gravidade do que era gestado no dia da diplomação de Lula em 12 de dezembro: a invasão ao prédio da Polícia Federal, em rara ousadia, carros e ônibus incendiados no centro da capital e cenas de barbárie e vandalismo. Era um crescendo da tentativa do golpe que ocorreu no dia 8 de janeiro, o dia da infâmia.
É importante salientar que todos esses atos terroristas são frutos de uma política de ódio e violência que sustenta o bolsonarismo. Na ânsia de manter o poder a qualquer custo, e com financiamento milionário de grupos que se locupletam do caos e se beneficiam da desordem das políticas públicas, do controle dos garimpos, da ocupação irregular das terras - especialmente na Amazônia, com a entrega, afinal, da soberania nacional -, esse bando não se intimidou e invadiu as sedes dos Três Poderes.
A rápida resposta do presidente Lula, dos presidentes dos Poderes constituídos, dos governadores e da sociedade em geral, a prisão em flagrante de quase 1.500 pessoas, com a posterior convalidação de centenas em prisões preventivas, bem como o oferecimento de quase 700 denúncias criminais, foram demonstrações de que os fascistas não passarão. Mas é preciso mais. É necessário identificar e responsabilizar criminal e civilmente todos os financiadores, os militares sejam de qualquer patente e os políticos que são os beneficiários desse ódio. E vamos voltar a fazer política institucional e respeitar a Constituição.
Tudo começou quando um capitão, expulso do Exército, pregava no Congresso Nacional o elogio à tortura, à fome, ao machismo e exaltava o racismo. E o Brasil não levou a sério o valor de viver em um Estado democrático de direito. Que todo esse pesadelo afaste o ódio da sociedade brasileira, restabeleça o diálogo e a boa e velha política e que o país possa voltar a se livrar da fome e da desesperança.
Não nos esquecendo das palavras do pastor Martin Niemöller:
“Quando os nazistas vieram buscar os comunistas, eu fiquei em silêncio; eu não era comunista.
Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu fiquei em silêncio; eu não era um socialdemocrata.
Quando eles vieram buscar os sindicalistas, eu não disse nada; eu não era um sindicalista.
Quando eles buscaram os judeus, eu fiquei em silêncio; eu não era um judeu.
Quando eles vieram me buscar, já não havia ninguém que pudesse protestar.”
Antônio Carlos de Almeida Castro, Kakay
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.