Publicado 28/11/2022 05:00
Brasília - Os presidentes da Câmara e Senado, Arthur Lira (que não foi) e Rodrigo Pacheco, respectivamente, usaram a COP27 para fazer campanha pela reeleição aos cargos. Foram convidados para comitiva ao Egito 20 deputados de 14 partidos, e 13 senadores de nove partidos, todos escolhidos, nomes influentes em suas bancadas. O afago mira votos de parlamentares para a eleição em fevereiro. Ambos telefonaram para os colegas, fazendo questão de dizer que foram seus convidados pessoais – e o passeio pago com verba pública (o reembolso da diária chega a US$ 500). Só foi chamado quem se reelegeu para o Congresso. Lira deixou para trás o presidente da Comissão de Relações Exteriores, Pedro Vilela, que perdeu a eleição e será um voto a menos. Ele atuou tão forte que redirecionou da Secretaria de Relações Internacionais para a Presidência da Câmara a organização do passeio, que rendeu cenas grotescas como a do deputado Fabinho Ramalho, de calça jeans e chinelos, na foto com o presidente eleito Lula.
Plano do MDB
O MDB está no Governo desde a redemocratização. Deu certo este plano duplo: Quieto em casa, o líder maior Michel Temer não tomou lado. Enquanto o presidente Baleia Rossi, seu afilhado, liberou Simone Tebet para anunciar apoio a Lula no 2º turno. Bolsonaro eleito, tudo ficaria como está, e Tebet levaria o ônus da candidatura. Lula eleito, vê-se o partido posar ao lado da senadora e estima-se que a bancada da Câmara
vai entrar pelas portas laterais da Esplanada até tomar um ministério, em julho.
vai entrar pelas portas laterais da Esplanada até tomar um ministério, em julho.
Poder de Adauto
Ex-ministro dos Transportes no 1º Governo de Lula da Silva, Anderson Adauto surpreendeu muita gente ao aparecer no grupo temático de Minas e Energia. É que ele coordenou a campanha do Barba em Minas, já revelou a Coluna. Adauto não é mais da cota do agora bolsonarista Valdemar da Costa, do PL, que o emplacou ministro em 2003. Adauto é de Lula.
Compadre de Guedes
O rompimento do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, com os Bolsonaro tem nome: Paulo Guedes. O ministro da Economia, de saída, quer garantir seus afilhados em postos-chaves. Ligou para diretores do BB e Caixa, e virou votos na eleição para manter na presidência do Sebrae-RJ o primo da esposa, Antônio Alvarenga. Castro trabalhou intensamente pela candidatura do deputado federal Vinícius Farah à presidência da entidade. Mas o governador usa a crise como pretexto para se aproximar de Lula.
Feridos & vendeta
No DF, o casal Arruda sumiu da rua no 2º turno – José Roberto, inelegível, e a ex-ministra Flávia. Aliada de Bolsonaro, Flávia viu Damares Alves crescer pelas mãos da primeira-dama Michelle e ser eleita. Em Pernambuco, após ser rifada em duas eleições com chances, Marília Arraes foi derrotada por Raquel Lira. Não foi só a solidariedade do eleitor à viúva Raquel. Marília foi traída pelo PT, que não ajudou na rua. Os Arruda e Marília, com espólio eleitoral considerável, não esquecerão o que passaram.
Futuro de Ciro
Não é segredo na praça que o futuro do PDT é a aliança com o Governo de Lula da Silva. Mas e o do presidenciável Ciro Gomes, hoje opositor e praticamente um inimigo do presidente eleito? Comandante do partido, Carlos Lupi foi a Fortaleza ter uma conversa com Ciro. E mostrar que a aliança é inevitável. Ciro pode estar de saída.
ESPLANADEIRA
# Ambev lança campanha "Novembro Preto".
# Unimed-Rio oferece aulas gratuitas de fut-funcional durante a Copa, na Lagoa.
# Best Weeek: Neoenergia, em parceria com Flexpag, oferece descontos nas contas de luz em atraso.
# Leiliane Rebouças lança dia 5 de dezembro livro "Vizinhos do Poder, História e Memória da Vila Planalto", no Brasília Palace Hotel.
# Saint-Gobain Canalização fecha parceria com startup brasileira IBBX.
# Banco24Horas inaugura 1º espaço multibanco na capital de SP.
*Colaboraram Walmor Parente, Carolina Freitas, Sara Moreira e Izânio Façanha (charge)
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