Ex-PM acusado de matar Marielle Franco delata Domingos Brazão como mandante do crime Reprodução
Publicado 23/01/2024 11:16 | Atualizado 24/01/2024 15:43
O mistério em torno do assassinato de Marielle Franco ganhou novos capítulos com a delação de Ronnie Lessa, ex-Policial Militar acusado pelo crime. Conforme divulgado pelo Intercept Brasil, Lessa apontou Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, como um dos mandantes do atentado que chocou o país em 2018.

Marielle Franco foi assassinada no dia 14 de março de 2018 e desde então a pergunta “#QuemMandouMatarMarielle?” reverbera nas redes sociais. Preso desde 2019, Ronnie Lessa fez um acordo de delação com a Polícia Federal, trazendo à tona informações sobre o envolvimento de Brazão no crime.

O acordo aguarda homologação pelo STJ devido ao foro privilegiado do conselheiro, porém a informação exclusiva foi confirmada pelo Intercept Brasil. Ronnie Lessa delatou Domingos Brazão como um dos mandantes do atentado que causou a morte a vereadora e seu motorista.

O advogado de Domingos Brazão, Márcio Palma, afirma não ter conhecimento sobre a delação e que toda sua informação sobre o caso vem da imprensa. Brazão, por sua vez, sempre negou participação no crime em entrevistas anteriores.

Além de Lessa, o ex-policial militar Élcio de Queiroz já havia feito uma delação em 2021, confessando ter dirigido o carro durante o atentado. Lessa, condenado por destruir provas, e Queiroz, agora revelando o possível mandante, lançaram luz sobre o caso.

Domingos Brazão, ex-filiado ao MDB, é apontado como possível mandante. Suspeitas de vingança contra Marcelo Freixo, ex-deputado estadual pelo Psol, surgem devido a disputas passadas entre Brazão e Freixo, colega de Marielle, e sua atuação na Operação Cadeia Velha.

O Ministério Público retoma a análise de documentos relacionados à milícia em Rio das Pedras, suspeitando de vínculos com a família Brazão e o Escritório do Crime. A família, influente no cenário político do Rio, torna-se foco de investigações sobre o caso Marielle Franco.
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