Hospital que vazou dados de Klara Castanho é condenado Reprodução/Instagram
Publicado 20/03/2024 16:58 | Atualizado 20/03/2024 17:12
O Hospital e Maternidade Brasil, administrado pela Rede D’Or, foi condenado a pagar uma indenização de R$ 200 mil à atriz Klara Castanho. Em 2022, a artista publicou uma nota aberta relatando que havia sido vítima de um estupro, engravidou e decidiu entregar o bebê diretamente para adoção. Na ocasião, a informação foi vazada por funcionários a jornalistas.
Após a divulgação das informações, a atriz decidiu processar o hospital em que o parto foi realizado. De acordo com informações do colunista Erlan Bastos, do portal Em Off, o desembargador Alberto Gentil de Almeida Pedroso afirma em sua decisão que houve uma clara violação de sigilo profissional. A decisão destaca que a unidade hospitalar foi a responsável por fornecer a terceiros informações médico-hospitalares que dizem respeito à privacidade e intimidade da atriz.
Em seu relato publicado no Instagram, Klara afirmou que foi abordada por uma enfermeira ainda na sala de cirurgia após o parto e a profissional ameaçou divulgar as informações para imprensa. Pouco depois, a atriz recebeu mensagens de um colunista para falar sobre o caso. 
A decisão aponta que a divulgação ilícita por terceiros "viola diretamente direitos da personalidade da vítima e causa danos morais”. De acordo com o desembargador, cabia ao hospital, desde o corpo médico até a enfermagem, o dever do sigilo.
O hospital foi condenado a pagar R$ 200 mil, com juros e correção monetária, de indenização a atriz. O desembargador afirma que o valor é "suficiente para reparar o sofrimento da autora e servir de alerta ao réu em relação à custódia e manuseio de informações pessoais sigilosas de seus pacientes”.
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