Jade Picon relembra casos de assédio Reprodução/Instagram
Publicado 17/04/2024 19:32
Jade Picon revelou que começou a sofrer assédios quando tinha 7 anos de idade. A influencer admitiu sentir medo por ser mulher e revelou como transformou a vergonha pelo que aconteceu em raiva para conseguir se proteger.
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Em depoimento ao Universa, do Uol, a ex-BBB revelou que sua primeira lembrança relacionada a esse tipo de violência sexual é ainda da infância. "Quando era criança, com uns 7 anos, tinha vivido algo parecido e não fiz nada a respeito, nem contei para ninguém. Eu não sabia o que fazer, tinha vergonha e deixei passar", relatou.
A influencer conta que na segunda vez agiu diferente. "Tinha cerca de 12 anos e pegava carona para ir à escola. A pessoa que sentava ao meu lado me assediava todos os dias, passava a mão na minha coxa no carro", disse Jade.
Segundo a jovem, ela chegou a contar sobre a situação com pessoas que não acreditaram em sua denúncia. "Percebi que não ia conseguir sair na situação se não fosse por mim mesma. Peguei a mochila e coloquei com força no espaço entre eu e ele. Em casa, com muito ódio, contei para os meus pais o que tinha acontecido e disse que não pegaria aquela carona de novo".
Picon passou por mais um caso aos 15 anos, quando foi fazer um intercâmbio. "Quando o cara no elevador, em Londres, passou a mão em mim, eu já sabia na hora que aquilo era inadmissível e que deveria reagir", afirmou. "Passei de sentir vergonha e de não saber o que fazer para sentir muita raiva. E a raiva protege a gente".
"Eu senti que não devia entrar no elevador naquele dia. Se eu não tivesse entrado, não seria assediada. Mas eu precisava entrar e não pedi para ser assediada. É claro que a culpa não é minha", afirmou.
"Eu tenho localização compartilhada com meus pais, com minhas amigas. Eu entro sempre em carro de aplicativo sentando atrás do motorista, para não ficar na diagonal, porque já passei por situações de homens estarem dirigindo e me olhando de maneira incômoda. É cansativo estar sempre alerta, mas prefiro ficar atenta do que traumatizada", acrescentou Jade. "Mas, como toda mulher, eu não sei como é andar sem medo na rua", concluiu.
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