Bailarina revela conversa com Ratinho após comentário racistaReprodução/SBT
Publicado 30/04/2024 15:28 | Atualizado 30/04/2024 15:30
A bailarina Cintia Mello, que pediu demissão do programa do Ratinho, do SBT, após ser alvo de um comentário racista do apresentador, revelou que conversou com o comunicador sobre a situação.
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Na ocasião, Ratinho fez comentários com o cabelo cacheado de Cintia durante a atração e declarou que a bailarina tinha piolho. A cena repercutiu nas redes sociais e a dançarina decidiu deixar a atração.
“No início daquela cena, eu não imaginava o que estava por vir. Nós tínhamos liberdade para brincar e sempre foram brincadeiras saudáveis, pois eu estava ali como bailarina, logo para ser reconhecida pela beleza e pela dança. Eu já estava em um dia atípico, porque enquanto eu estava trabalhando, a minha filha estava no hospital, então eu não estava muito bem”, contou à Quem.
“Quando o meu cabelo foi relacionado ao ‘piolho’, eu não soube mais como reagir. A partir dali, fiquei realmente no automático por ter ficado constrangida”, relatou Cintia, que trabalhou com o apresentador por nove anos.
“Após toda repercussão, busquei conversar com o próprio [Ratinho] e foi uma conversa realmente amigável, em que expliquei a ele alguns pontos sobre a situação, e o quanto eu estava chateada e desestabilizada com tudo aquilo. Tive resposta por um tempo, mas depois o diálogo acabou, porque não recebi mais respostas”, afirmou ela. “Todos já sabemos quantas polêmicas já foram levantadas por conta de algumas falas dele, e em algumas delas o próprio depois esclareceu. E foi o que achei que aconteceria comigo. Nunca levantaria falso contra um patrão que é realmente querido por seus funcionários, mas que, infelizmente, como comunicador, precisa se reconstruir e ressignificar alguns pensamentos e falas”.
Cintia contou que não recebeu apoio nos bastidores e que decidiu não denunciar Ratinho. Além disso, ela buscou terapia e está concentrada em se "reestruturar, emocionalmente e financeiramente".
“Não recebi sequer um: ‘Cintia você está bem?’. Não tive nenhum apoio, nenhuma ligação, realmente nada. Na verdade recebi um abraço de uma camareira que foi extremamente importante para mim”, contou ela na entrevista. “Depois do meu desligamento, recebi uma ligação dizendo que as portas estariam abertas, o que, na realidade, depois do que eu passei nos bastidores, sabia que seria impossível, porque só eu sei o quanto fui hostilizada por algumas pessoas da equipe”, completou.
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