Publicado 27/09/2024 09:56 | Atualizado 27/09/2024 10:05
ATENÇÃO: O conteúdo a seguir pode conter gatilhos emocionais para alguns leitores. Por favor, não hesite em buscar ajuda.
PublicidadeGiselle Itié abriu o coração e emocionou os fãs nesta quinta-feira (26), ao revelar que tentou tirar a própria vida após um estupro que sofreu na juventude. Durante uma conversa sincera no podcast "Exaustas", comandado por Samara Felippo e Carolinie Figueiredo, a atriz relatou com lágrimas nos olhos sobre a experiência traumatizante, que quase a fez desistir de tudo. O desabafo chocou e comoveu os ouvintes.
A artista iniciou o relato aos prantos: “Com 17 anos de idade, eu perdi minha virgindade em um estupro. Foi nesse momento que eu me perdi de vez e compreendi o quanto eu era oca. Eu só fazia me castigar como se eu fosse culpada. E foi no silêncio que meu corpo gritava e pedia socorro”, detalhou ela, mencionando as consequências do abuso.
A artista iniciou o relato aos prantos: “Com 17 anos de idade, eu perdi minha virgindade em um estupro. Foi nesse momento que eu me perdi de vez e compreendi o quanto eu era oca. Eu só fazia me castigar como se eu fosse culpada. E foi no silêncio que meu corpo gritava e pedia socorro”, detalhou ela, mencionando as consequências do abuso.
A famosa relembrou as inseguranças da infância e o impacto que isso teve ao longo de sua vida. “Sempre fui uma criança que não cabia na caixinha do padrão de beleza posta pela sociedade. Era desengonçada, usava aparelho, não era vista como uma criança bonita. Não mesmo. Só que quando comecei a entrar na adolescência, meu corpo se transformou, e muito. Minha vida se transformou”, recordou.
Ainda chorando, ela explicou que passou a se sentir objetificada. “A forma como meninos e homens me olhavam e me tratavam era nojento. [...] Meu corpo não era mais meu, era um espaço público invadido por olhares, toques, mãozadas e por aí vai. Sinceramente, eu não consigo falar detalhadamente de cada situação, porque a sensação do meu corpo ser nojento vem”, explicou.
A situação se agravou quando Itié começou a ter pesadelos recorrentes, temendo ser abusada outra vez. “Desde menina, eu comecei a ter um pesadelo recorrente, que foi até os meus 18 anos, eu no meio de uma floresta à noite e sempre fugindo de um homem, de dois, de três. Homens que eu conhecia, da família. Muitas vezes, eu não dormia porque tinha medo de ser pega no meu sonho”, confessou.
A situação se agravou quando Itié começou a ter pesadelos recorrentes, temendo ser abusada outra vez. “Desde menina, eu comecei a ter um pesadelo recorrente, que foi até os meus 18 anos, eu no meio de uma floresta à noite e sempre fugindo de um homem, de dois, de três. Homens que eu conhecia, da família. Muitas vezes, eu não dormia porque tinha medo de ser pega no meu sonho”, confessou.
A atriz então relatou a perda de seu primeiro namorado por suicídio. "Foi aí que eu comecei a questionar o meu lugar na vida. Quanto mais eu me tornava mulher, mais objetificada eu me tornava, o vácuo foi crescendo e eu comecei a me machucar de verdade, a me cortar [e por aí vai]. Até que eu tentei tirar minha vida”, desabafou. A artista encerrou contando sobre o impacto profundo do trauma.
Se precisar, busque ajuda
Para superar um trauma como o de Giselle Itié, o Centro de Valorização da Vida (CVV) pode ser um valioso aliado. A organização fornece apoio emocional e atua na prevenção ao suicídio. O atendimento é gratuito e sob total sigilo. Interessados podem contatar pelo telefone 188 ou, por meio do site cvv.org.br, conversar pelo e-mail, chat e Skype, disponíveis 24 horas.
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