Publicado 22/10/2024 11:30 | Atualizado 22/10/2024 11:31
Fabrício Boliveira, um dos protagonistas de “Volta por Cima”, novela das 19h da Globo, não poupou palavras ao responder uma recente declaração de Thiago Fragoso. O ator de 42 anos disse em entrevista que não tem mais oportunidades de papéis na televisão por ser “hétero e branco”. A fala gerou repercussão nas redes sociais, e Boliveira fez questão de se posicionar.
Para quem não lembra, Fragoso, que está longe das novelas desde 2022, afirmou que o mercado audiovisual tem dificultado o espaço para atores como ele. "Em cada novela ou série, eu tenho a chance de fazer um personagem. [...] Entrou um, não pode mais ter homem hétero, branco. Estamos vendo esse questionamento pela mudança do status quo. Eu tenho uma chance por novela", declarou em entrevista.
PublicidadePara quem não lembra, Fragoso, que está longe das novelas desde 2022, afirmou que o mercado audiovisual tem dificultado o espaço para atores como ele. "Em cada novela ou série, eu tenho a chance de fazer um personagem. [...] Entrou um, não pode mais ter homem hétero, branco. Estamos vendo esse questionamento pela mudança do status quo. Eu tenho uma chance por novela", declarou em entrevista.
No entanto, o ator dá vida ao personagem Jão de “Volta por Cima” discordou da fala polêmica. "Ele não mora no Brasil, né? Ele não olhou para a história dele nem para a história desse país. Só pode ser isso. Não dá para lidar com tanta ignorância hoje, em 2024", iniciou Boliveira em outra entrevista.
Boliveira foi além e disse que apenas alguém com o perfil “cis, hétero e branco” teria essa perspectiva "ou gente que ainda está grudada ali no passado e não entendeu que estamos caminhando para um outro lugar", afirmou. "É realmente um lugar [posicionamento] de mimado, de quem sempre teve tudo e não quer de jeito nenhum compartilhar esse espaço", acrescentou.
Boliveira foi além e disse que apenas alguém com o perfil “cis, hétero e branco” teria essa perspectiva "ou gente que ainda está grudada ali no passado e não entendeu que estamos caminhando para um outro lugar", afirmou. "É realmente um lugar [posicionamento] de mimado, de quem sempre teve tudo e não quer de jeito nenhum compartilhar esse espaço", acrescentou.
Por fim, o ator refletiu: "Nunca tive tempo nem o privilégio de poder pensar nas minhas obras ou no que queria fazer porque não tinha um salário fixo chegando todo mês. Quando tive [estabilidade financeira], em vez de ficar de boa em casa, ou abrindo restaurante vegano, ou comprando gado, eu estava exercendo outro tipo de função, abrindo cadastro para outros atores negros", encerrou, destacando a iniciativa "Elenco Negro".
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