Publicado 04/04/2025 15:04
O influenciador digital Felipe Neto causou alvoroço nas redes sociais na última quinta-feira (3), ao anunciar, de forma enfática, que se candidataria à presidência do Brasil nas próximas eleições. Com um tom sério e inflamado, o anúncio pegou seguidores de surpresa e gerou intenso debate online — até mesmo apoio de alguns que acreditaram na empreitada política.
Mas tudo não passou de uma encenação.
PublicidadeMas tudo não passou de uma encenação.
No dia seguinte, Felipe voltou às redes para revelar que a suposta candidatura era, na verdade, uma jogada de marketing. A intenção era promover o livro 1984, de George Orwell, já que seu discurso autoritário no vídeo era baseado em trechos da obra. “É óbvio que eu não vou me candidatar a coisa alguma!”, disse ele no novo vídeo explicativo, afirmando ainda que queria “chamar atenção” para as ideias contidas no livro.
Apesar de o objetivo comercial ter sido alcançado — o livro entrou na lista dos mais vendidos em poucas horas — o impacto negativo veio na mesma proporção. O “teatro” foi visto por muitos como um desserviço, um uso irresponsável da influência digital e da credibilidade construída ao longo dos anos. Com um histórico de engajamento político e críticas contundentes ao autoritarismo, a "pegadinha" acabou soando incoerente e oportunista em um cenário político e social já saturado de fake news, desinformação e crise de confiança.
A repercussão também escancarou uma discussão importante: até que ponto vale criar narrativas falsas para atrair atenção? Mesmo com uma mensagem relevante por trás, a forma como foi feita gerou ruído, confundiu a opinião pública e descredibilizou o influenciador — afinal, agora não sabemos quando ele está falando a verdade ou apenas tentando encher seu cofrinho com uma publicidade. A situação ainda complicou o trabalho da imprensa, que cumpriu seu papel de apuração ao consultar sua assessoria. Esta, por sua vez, limitou-se a dizer que o posicionamento seria divulgado no dia seguinte, às 12h.
E o pronunciamento veio, como citado acima: o vídeo da jogada de marketing feita pelo influenciador.
Apesar de o objetivo comercial ter sido alcançado — o livro entrou na lista dos mais vendidos em poucas horas — o impacto negativo veio na mesma proporção. O “teatro” foi visto por muitos como um desserviço, um uso irresponsável da influência digital e da credibilidade construída ao longo dos anos. Com um histórico de engajamento político e críticas contundentes ao autoritarismo, a "pegadinha" acabou soando incoerente e oportunista em um cenário político e social já saturado de fake news, desinformação e crise de confiança.
A repercussão também escancarou uma discussão importante: até que ponto vale criar narrativas falsas para atrair atenção? Mesmo com uma mensagem relevante por trás, a forma como foi feita gerou ruído, confundiu a opinião pública e descredibilizou o influenciador — afinal, agora não sabemos quando ele está falando a verdade ou apenas tentando encher seu cofrinho com uma publicidade. A situação ainda complicou o trabalho da imprensa, que cumpriu seu papel de apuração ao consultar sua assessoria. Esta, por sua vez, limitou-se a dizer que o posicionamento seria divulgado no dia seguinte, às 12h.
E o pronunciamento veio, como citado acima: o vídeo da jogada de marketing feita pelo influenciador.
Leia mais

Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.