Publicado 09/12/2025 14:49
A confusão entre a ex-bailarina Cíntia Cristina de Mello e o apresentador Ratinho acaba de ganhar novos capítulos, e a coluna Daniel Nascimento teve acesso aos autos do processo que ela move contra o comunicador e o SBT. Cíntia, que acusa Ratinho de ter feito um comentário com conotação racista durante uma edição do Programa do Ratinho exibida em 1º de abril de 2024, período em que ela ainda integrava o balé da atração, função que desempenhou por quase nove anos, decidiu recorrer à Justiça em busca de reparação.
Segundo ela, a fala ao vivo a expôs nacionalmente, gerou humilhação, repercussão negativa e comentários ofensivos nas redes sociais. Por isso, ingressou com uma ação pedindo R$ 2 milhões de indenização por danos morais, além de exigir que Ratinho e o SBT publiquem a íntegra da futura sentença em jornais de grande circulação.
Nos documentos, Ratinho e o SBT negam qualquer ato discriminatório e dizem que o episódio não passou de uma brincadeira típica do formato humorístico do programa. A defesa do apresentador afirma ainda que a própria bailarina teria dito inicialmente que não se sentiu ofendida, e acusa a autora de exagerar no valor da causa. Cíntia contesta, alegando que a situação ultrapassou todos os limites e que o constrangimento público não pode ser tratado como piada.
Os autos revelam que o juiz responsável pelo caso já deixou delimitado o que será analisado: se houve ou não conduta discriminatória, se Cíntia sofreu efetivamente dano moral e se é necessária retratação pública. A tentativa de conciliação chegou a ocorrer no CEJUSC, em julho de 2025, mas terminou sem acordo, empurrando o processo para a fase mais tensa.
Agora, a Justiça marcou uma audiência de instrução e julgamento para janeiro de 2026, em São Paulo. Ratinho, o SBT e as testemunhas indicadas terão de apresentar suas versões oficialmente diante do magistrado. A emissora, inclusive, foi intimada a comprovar o pagamento da remuneração do conciliador, sob risco de inscrição em dívida ativa.
Com a audiência marcada e a produção de provas liberada, o processo entra no momento mais decisivo. Será a partir dos depoimentos e da análise dos vídeos anexados que o juiz irá determinar se o que aconteceu foi um episódio de racismo, como sustenta a bailarina, ou apenas uma brincadeira mal interpretada, como insiste a defesa. A coluna seguirá acompanhando cada movimentação desse caso que promete dar muito o que falar.
Nos documentos, Ratinho e o SBT negam qualquer ato discriminatório e dizem que o episódio não passou de uma brincadeira típica do formato humorístico do programa. A defesa do apresentador afirma ainda que a própria bailarina teria dito inicialmente que não se sentiu ofendida, e acusa a autora de exagerar no valor da causa. Cíntia contesta, alegando que a situação ultrapassou todos os limites e que o constrangimento público não pode ser tratado como piada.
Os autos revelam que o juiz responsável pelo caso já deixou delimitado o que será analisado: se houve ou não conduta discriminatória, se Cíntia sofreu efetivamente dano moral e se é necessária retratação pública. A tentativa de conciliação chegou a ocorrer no CEJUSC, em julho de 2025, mas terminou sem acordo, empurrando o processo para a fase mais tensa.
Agora, a Justiça marcou uma audiência de instrução e julgamento para janeiro de 2026, em São Paulo. Ratinho, o SBT e as testemunhas indicadas terão de apresentar suas versões oficialmente diante do magistrado. A emissora, inclusive, foi intimada a comprovar o pagamento da remuneração do conciliador, sob risco de inscrição em dívida ativa.
Com a audiência marcada e a produção de provas liberada, o processo entra no momento mais decisivo. Será a partir dos depoimentos e da análise dos vídeos anexados que o juiz irá determinar se o que aconteceu foi um episódio de racismo, como sustenta a bailarina, ou apenas uma brincadeira mal interpretada, como insiste a defesa. A coluna seguirá acompanhando cada movimentação desse caso que promete dar muito o que falar.
Relembre o caso
Durante seu programa exibido em 1º de abril de 2024, no SBT, Ratinho fez comentários considerados racistas sobre o cabelo black power da dançarina. Ele questionou se o visual era uma peruca, pediu que uma colega puxasse os fios para “verificar” e ainda insinuou a presença de piolhos, atitude que, segundo Cíntia, a expôs de forma constrangedora em rede nacional.
Cíntia afirmou ter procurado a direção do programa na expectativa de um pedido de desculpas público, mas disse não ter recebido retorno. Após o episódio, relatou perceber “olhares hostis” nos corredores do SBT. Sem respaldo interno, decidiu pedir demissão e publicou um vídeo nas redes sociais detalhando o ocorrido.
Ratinho negou ser racista e citou ter funcionários negros há anos, como o personagem “Zé Pretinho”, para tentar justificar sua postura. A defesa foi rebatida por Cíntia, que afirmou que a presença de pessoas negras no convívio não torna ninguém antirracista e que o apresentador precisava de “letramento racial”.
Com a repercussão do caso, a bailarina relatou ainda ter sofrido ataques nas redes sociais e boicotes de empresas parceiras, episódios que, segundo ela, ocorreram após Ratinho apresentar sua versão em outra ocasião.
Cíntia afirmou ter procurado a direção do programa na expectativa de um pedido de desculpas público, mas disse não ter recebido retorno. Após o episódio, relatou perceber “olhares hostis” nos corredores do SBT. Sem respaldo interno, decidiu pedir demissão e publicou um vídeo nas redes sociais detalhando o ocorrido.
Ratinho negou ser racista e citou ter funcionários negros há anos, como o personagem “Zé Pretinho”, para tentar justificar sua postura. A defesa foi rebatida por Cíntia, que afirmou que a presença de pessoas negras no convívio não torna ninguém antirracista e que o apresentador precisava de “letramento racial”.
Com a repercussão do caso, a bailarina relatou ainda ter sofrido ataques nas redes sociais e boicotes de empresas parceiras, episódios que, segundo ela, ocorreram após Ratinho apresentar sua versão em outra ocasião.
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