Publicado 06/08/2022 06:00
O diálogo é uma modalidade privilegiada e indispensável para viver, exprimir e maturar o amor na vida familiar, mas requer uma longa aprendizagem. Homens e mulheres, adultos e jovens têm maneiras diversas de se comunicar, usam linguagens diferentes, regem-se por códigos distintos.
O modo de perguntar, a forma de responder, o tom usado, o momento escolhido e muitos outros fatores podem condicionar a comunicação. Além disso, é sempre necessário cultivar algumas atitudes que são expressão de amor e tornam possível o diálogo autêntico.
É preciso reservar tempo de qualidade que permita escutar, com paciência e atenção, até que o outro tenha manifestado tudo o que precisava comunicar. Isto requer a inteligência de não começar a falar antes do momento apropriado. Em vez de começar a dar opiniões ou conselhos, é preciso ter certeza de que escutou tudo o que o outro tem necessidade de dizer. Isto implica fazer silêncio interior, sem pressa, para escutar sem ruídos no coração e na mente.
Digo isto, porque cada vez se torna mais comum a comunicação em família através de dispositivos eletrônicos. Falta o encontro, o olhar nos olhos, a atenção única e exclusiva para com os familiares. Isso está se perdendo, e não podemos deixar acontecer. Reconheçamos que, para ser profícuo o diálogo, é preciso ter algo para se dizer; e isto requer uma riqueza interior que se alimenta com a leitura, com a reflexão pessoal, com a oração. Vamos dialogar mais, amar mais, escutar sem pressa!
Que Deus nos ajude nessa importante missão de ser família!
Padre Omar
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