Publicado 13/01/2024 00:00
Por mais que se tente negá-los, escondê-los ou relativizá-los, os sinais da mudança climática estão cada vez mais evidentes. Ninguém pode ignorar que, nos últimos anos, temos assistido a fenômenos extremos, a períodos frequentes de calor anormal, chuvas torrenciais, seca e a outros gemidos da Terra que são apenas algumas expressões de uma doença silenciosa que afeta todos.
Estamos vivendo um verão intenso, com ondas fortes de calor, e não podemos nos isentar da responsabilidade com a nossa Casa Comum. Trata-se de um problema social global que está intimamente ligado à dignidade da vida humana. O sentido social da nossa preocupação com a mudança climática ultrapassa uma abordagem meramente ecológica, porque o nosso cuidado pelo outro e o nosso cuidado com a Terra estão intimamente ligados.
As alterações climáticas são um dos principais desafios que a comunidade global tem que enfrentar. E é inegável que os efeitos das alterações climáticas recaem sobre as pessoas mais vulneráveis. A falta de acesso a recursos básicos como água potável e abrigo adequado amplifica o impacto do calor escaldante. Em muitos locais, a infraestrutura inadequada e a falta de planejamento urbano exacerbam os riscos associados a temperaturas extremas.
Todos nós devemos nos sensibilizar e buscar a implementação de medidas inclusivas. As mudanças climáticas não conhecem fronteiras socioeconômicas, mas suas consequências recaem de maneira desigual sobre aqueles que já carregam fardos pesados. Agora, mais do que nunca, é o momento de agir coletivamente para proteger aqueles que são mais afetados pelo calor impiedoso do nosso planeta em transformação.
Padre Omar
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