Publicado 10/02/2024 00:00
Desde o início, Deus, que é amor, criou o ser humano para a comunhão, inscrevendo no seu íntimo a dimensão das relações. Fomos criados para estar juntos, não sozinhos. E precisamente porque este projeto de comunhão está inscrito tão profundamente no coração humano, a experiência do abandono e da solidão é tão dolorosa.
A Igreja celebra em 11 de fevereiro, na memória de Nossa Senhora de Lourdes, o Dia Mundial do Doente, e o Papa Francisco escreveu uma mensagem pedindo o cuidado com todos os enfermos, idosos e pessoas que se encontram sem apoio nem assistência.
O primeiro cuidado necessário para quem enfrenta uma doença é uma proximidade cheia de compaixão e ternura. Por isso, cuidar do doente significa, antes de mais nada, cuidar das suas relações: com Deus, com os outros, com a criação, consigo mesmo.
A frase bíblica "não é conveniente que o homem esteja só" é pronunciada por Deus ao início da criação, nos revelando o significado profundo do projeto de Deus para a humanidade. Por outro lado, a ferida mortal do pecado, que se introduz gerando suspeitas, divisões e isolamento, nos faz perder o significado da existência, nos tira a alegria do amor e nos faz provar uma sensação opressiva de solidão.
Recordemos esta verdade central da nossa vida: viemos ao mundo porque alguém nos acolheu, somos feitos para o amor, somos chamados à comunhão e à fraternidade. Devemos cuidar daqueles que sofrem, os marginalizados e os esquecidos. Com o amor que Cristo nos oferece, podemos curar as feridas da solidão e do isolamento, contribuindo assim para o crescimento de uma cultura de ternura e compaixão.
Padre Omar
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