Publicado 15/06/2024 00:00
Hoje refletimos sobre a virtude da fé que, antes de tudo, é um dom de Deus. Ela conserva a nossa relação com Ele e nos possibilita ver o invisível. A fé faz parte das três virtudes teologais junto com a esperança e a caridade. Elas são os grandes dons que Deus concede à nossa capacidade moral. Sem elas, poderíamos ser prudentes, justos e fortes, mas não teríamos olhos que veem até no escuro, não teríamos um coração que ama mesmo sem ser amado, não teríamos uma esperança que ousa contra todo desespero.
PublicidadeO Catecismo da Igreja Católica nos explica que a fé é o ato com que o ser humano se abandona livremente a Deus. Nesta fé, Abraão foi o grande pai quando aceitou deixar a terra dos seus antepassados para se dirigir rumo à terra que Deus lhe teria indicado. Provavelmente foi julgado de louco: por que deixar o conhecido pelo desconhecido, o certo pelo incerto? Mas Abraão se põe a caminho, como se visse o invisível.
Assim também agiu a Virgem Maria que, recebendo o anúncio do Anjo, que muitos teriam rejeitado como um desafio muito exigente e arriscado, responde: “Eis a serva do Senhor: faça-se em mim segundo a tua palavra”. E com o coração cheio de fé, com o coração repleto de confiança em Deus, Maria também se põe a caminho por uma estrada a qual não conhece nem o trajeto nem os perigos.
A fé é a virtude que faz o cristão. Pois ser cristão não é aceitar uma cultura, com os valores que a acompanham, mas ser cristão significa acolher e preservar um vínculo com Deus. Por isso, a fé é o primeiro dom recebido na vida cristã: um dom que deve ser acolhido e pedido diariamente que se renove em nós.
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