Publicado 09/11/2024 00:00
Como é importante a virtude da prudência. Com a justiça, a fortaleza e a temperança, ela forma as chamadas virtudes cardeais, que não são prerrogativas exclusivas do cristianismo, mas pertencem à herança da sabedoria dos filósofos gregos. No entanto, para o cristão, a prudência assume um significado ainda mais profundo, pois é vista como uma virtude essencial para a vivência da fé de forma plena e sábia.
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Muitas vezes, a prudência é equivocadamente associada à simples cautela ou mesmo à timidez. Contudo, a verdadeira prudência não tem relação com o medo, mas com a capacidade de agir de forma sensata, ponderada e inteligente, em qualquer situação. A pessoa prudente não se deixa dominar pelas emoções imediatas, pelas pressões externas ou pelas ilusões passageiras. Ao contrário, ela tem a liberdade interior de avaliar a situação de forma ampla e profunda, fazendo escolhas que busquem o bem verdadeiro, não o fácil ou conveniente.
A pessoa prudente é criativa: raciocina, avalia, procura compreender a complexidade da realidade, sem se deixar vencer pelas emoções, pela preguiça, pelas pressões das ilusões. Em um tempo marcado pela superficialidade e pelas distrações, a prudência se torna uma virtude essencial, que nos ajuda a discernir entre o bem e o mal, e a buscar sempre o melhor caminho.
A prudência é também uma virtude que exige memória do passado. Ao contrário de viver como se o mundo começasse conosco, a pessoa prudente reconhece que a tradição e a sabedoria acumulada ao longo dos tempos são fontes valiosas de orientação. Não se trata de viver no passado, mas de saber que o presente é construído sobre o que já foi vivido.
São tantas as passagens do Evangelho que nos ajudam a educar na prudência. No Evangelho de São Mateus, por exemplo, Jesus diz que é prudente quem constrói a casa sobre a rocha e imprudente quem a constrói sobre a areia. A prudência, nesse sentido, é o alicerce que nos mantém firmes nas adversidades.
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