Publicado 18/10/2025 00:00
Durante a celebração dos 80 anos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Papa Leão XIV lançou um apelo firme aos líderes e às nações: é urgente renovar o compromisso com a Agenda Fome Zero e com a segurança alimentar global.
PublicidadeA fome não é uma estatística distante — é um clamor que atravessa fronteiras, um desafio que interpela cada um de nós. O Santo Padre recordou que “o faminto não é um estranho”. É nosso irmão. E, por isso, ajudar quem tem fome não é um gesto opcional de caridade: é um dever de todos nós.
O Papa convidou o mundo a se mobilizar, em espírito de solidariedade, para que ninguém careça do alimento necessário — em quantidade e qualidade. Pois enquanto houver alguém privado do pão de cada dia, a dignidade humana continuará ferida.
Apesar dos avanços científicos e tecnológicos, mais de 670 milhões de pessoas ainda vão dormir sem comer. Por trás de cada número há uma história interrompida: comunidades inteiras marcadas pela carência e pela exclusão, mães que não conseguem alimentar os seus filhos.
Esses números revelam mais do que desigualdade econômica; são sinais de uma economia sem alma, de um modelo de desenvolvimento que privilegia o lucro em detrimento da vida. Em um mundo que ampliou a expectativa de vida e encurtou distâncias com a tecnologia, permitir que milhões vivam — e morram — de fome é um fracasso coletivo.
Não podemos sonhar com uma sociedade justa se permanecermos indiferentes. A fome não pode ser um problema “dos outros”. Pela omissão, tornamo-nos cúmplices da desigualdade que pretendemos condenar.
Partilhar é mais do que doar: é reconhecer no outro o próprio Cristo, presente em cada rosto que sofre. É um ato de fé concreta, que transforma o pão repartido em semente de comunhão. Só quando estivermos dispostos a dividir o que temos, poderemos afirmar com verdade que ninguém foi deixado para trás.
Partilhar é mais do que doar: é reconhecer no outro o próprio Cristo, presente em cada rosto que sofre. É um ato de fé concreta, que transforma o pão repartido em semente de comunhão. Só quando estivermos dispostos a dividir o que temos, poderemos afirmar com verdade que ninguém foi deixado para trás.
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