Até a última gravação do seu programa, em dezembro, Fábio Porchat continuará, como sempre fez, cumprindo com todas as suas obrigações na Record.
Até lá, também, procurará não se manifestar sobre os reais motivos que o levaram a tomar a decisão de sair, usando para isso a prerrogativa de uma cláusula do seu contrato que permite esta interrupção, mesmo a um ano do fim, sem prejuízo às partes.
Mas se o Fábio tem lá os seus ressentimentos com a Record, a recíproca também não deixa de ser verdadeira.
E, em ambos os casos, nada é tão de agora, mas que apenas se acentuou com os tempos.
No caso dele, o que mais pegou sempre foi a falta de uma maior liberdade em chamar os seus convidados e os vetos que existiram em nomes de pessoas que, no seu entender e da produção do programa, poderiam render boas entrevistas.
A Record, da parte dela e dos seus diretores, embora disfarçasse, sempre teve dificuldades em enquadrá-lo nos regimes da casa e não assimilou até agora a iniciativa do artista em sair.
Um tiroteio camuflado teve início a partir do anúncio da saída, com notícias indiretas sendo disparadas de parte a parte até chegar ao ponto que chegou.
E em um cenário de mágoas e frustrações, sem quaisquer condições de ser alterado. Record e Fábio, Fábio e Record, irão se aturar protocolarmente até o último dia.
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