Publicado 06/08/2022 00:00
- Sabe com que está falando ?
Quem nunca ouviu esta pergunta, até agora, levante o dedo! Difícil, né? Ou é surdo. Muito comum nas barreiras policiais, principalmente as que são montadas nos fins de semana, onde se verificam teor alcoólico, situação de documentos pessoais e dos veículos. Ah, nas estradas, estaduais e federais, quando alguém é parado pela polícia e é pego em infrações. São tantos casos que eu teria que pedir para aumentar meu espaço no jornal.
Já assisti a cenas ridículas com essas "carteiradas", até mesmo durante meu trabalho externo, nas ruas, em estabelecimentos comerciais, boates, bares, farmácias e hospitais. Cenas inacreditáveis. Mas, infelizmente, verdadeiras. Ah, os personagens abrangem todas as classes sociais. Sem contar, é claro, com os casos de blefes, usados por, geralmente os malandros e estelionatários. Escutei a tal pergunta até em uma delegacia na Zona Sul, aqui do Rio de Janeiro. E quem a fez foi um cidadão, acusado de passar cheques sem fundos (saudades do tempo dos cheques, com fundos), em uma boate e que
acabou sendo reconhecido em uma noitada repleta de despesa alta no estabelecimento. Acabou na delegacia e ainda quis me intimidar. Claro que eu respondi que sim, que sabia. E fui mais além:
- O senhor é o que está sendo acusado de passar cheques sem os devidos fundos. Não é ?
Não tive resposta.
acabou sendo reconhecido em uma noitada repleta de despesa alta no estabelecimento. Acabou na delegacia e ainda quis me intimidar. Claro que eu respondi que sim, que sabia. E fui mais além:
- O senhor é o que está sendo acusado de passar cheques sem os devidos fundos. Não é ?
Não tive resposta.
Outros casos, que presenciei, foi na Barra da Tijuca, madrugada chuvosa e fria. O cidadão foi parado em blitz da Lei Seca. Não tinha documentos e estava acima da velocidade permitida. Na mesma madrugada, uma senhora, de uns 50 anos, parecendo ter bebido além da conta, fez a mesma pergunta para o policial que a fez parar.
Ih, tem muito mais. Até em uma agência bancária, na Avenida Rio Branco. O cidadão estacionou o carrão no meio fio - local proibido de estacionar - entrou na agência e foi seguido por uma guarda municipal. O cidadão tentava descontar um cheque vultoso, que não era dele, e estava dando um show na gerência. Quando ele foi interpelado pela guarda, enquanto tentava convencer o gerente que o documento que
apresentou para receber dinheiro era legal, foi econômico. Fez a pergunta que todos esperavam, para a guarda e para o bancário: - Sabem com quem estão falando? Os clientes riram. Eu, que estava na fila, não me contive e falei: - Fala logo quem é o senhor! Não tive resposta. Chegou a PM, enquadrou o cara (o carrão era roubado), e ainda teve que explicar a procedência do cheque, na delegacia. Tive ímpeto de acompanhar o caso, simples curiosidade em saber, de fato, quem era o tão importante trambiqueiro. Mas, estava em horário de trabalho, quando dei uma escapada para depositar um dinheiro na conta.
apresentou para receber dinheiro era legal, foi econômico. Fez a pergunta que todos esperavam, para a guarda e para o bancário: - Sabem com quem estão falando? Os clientes riram. Eu, que estava na fila, não me contive e falei: - Fala logo quem é o senhor! Não tive resposta. Chegou a PM, enquadrou o cara (o carrão era roubado), e ainda teve que explicar a procedência do cheque, na delegacia. Tive ímpeto de acompanhar o caso, simples curiosidade em saber, de fato, quem era o tão importante trambiqueiro. Mas, estava em horário de trabalho, quando dei uma escapada para depositar um dinheiro na conta.
E, no início dos anos 60, a empresa aérea Scandinavian Airlines System, conhecida como SAS, inaugurou uma das primeiras secretárias eletrônicas no Rio. Funcionava depois do expediente e se estendia pela
madrugada, até no dia seguinte. Na redação de um jornal, assisti a um colega discutir com a gravação. Quando chegou o momento do "deixe seu recado", ele foi claro: - Sabe com quem está falando? - Sem obter resposta, foi logo dizendo: - Ainda bem!
madrugada, até no dia seguinte. Na redação de um jornal, assisti a um colega discutir com a gravação. Quando chegou o momento do "deixe seu recado", ele foi claro: - Sabe com quem está falando? - Sem obter resposta, foi logo dizendo: - Ainda bem!
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