Publicado 12/11/2022 06:00
Um tempo chuvoso, com sol, com calor e frio. Não tem como segurar gripe, febre ou outro mal que seja. Tô recolhido no fundo da caverna, sem ver os pássaros e sem varrer o quintal. Ih, e longe dos vizinhos. Longe dos olhos porque, o tal zap é implacável. Então, soube que há uma divisão de águas entre eles. Uns defendem a desinvenção de ideias e modernidade. Já os outros, felizes com o progresso da Ciência e etc e tal.
Bem, o que fazer? Vou continuar neutro. Particularmente, só entre nós: sou favorável às novas invenções, o progresso. É graças aos
cientistas que, entre outras coisas, podemos ficar cada vez mais velhos, vivos e com saúde. Concordam?
Mas, enquanto a previsão do tempo nos informa da confusão entre frio, calor, sol e chuva, mandei pedido de auxílio a um dos vizinhos. O César chegou para cuidar do quintal e alimentar os pássaros (milho picado, alpiste, bolinhos de miolo de pão) para os mais jovens e para os mais velhos, também). E fico prisioneiro dos noticiários das emissoras de TV e de rádios. E leio os principais jornais do Rio e do país.
cientistas que, entre outras coisas, podemos ficar cada vez mais velhos, vivos e com saúde. Concordam?
Mas, enquanto a previsão do tempo nos informa da confusão entre frio, calor, sol e chuva, mandei pedido de auxílio a um dos vizinhos. O César chegou para cuidar do quintal e alimentar os pássaros (milho picado, alpiste, bolinhos de miolo de pão) para os mais jovens e para os mais velhos, também). E fico prisioneiro dos noticiários das emissoras de TV e de rádios. E leio os principais jornais do Rio e do país.
Caramba, a coisa anda meio confusa. Ou bastante? Em uma das escapulidas para uns exames em laboratório, o Ibiapina chegou e foi logo me gozando: "Ô Luar, tá com a cabeleira grande. Parece o penteado do Boris Johnson!". Dei um sorriso educado. Bolas, nem ao barbeiro tive condições de ir. Mandei recado para ele, depois da comparação do penteado, avisando da minha ausência forçada e que apareceria em breve para barba, cabelo e bigode.
Caramba, na saída da porteira, tentando ser rápido (somos vulneráveis aos ladrões na saída ou na chegada em casa), quase fui cercado pelos amigos e conhecidos. "Tá sumido!", gritou um. "Vai passear?", indagou outro. Bolas, quero ser rápido. Só lancei sorrisos forçados, e acelerei, dando "adeus" com a mão esquerda. Mais adiante, o Fred varria a calçada dele. Reconheceu o carro e me saudou com a vassoura erguida. "Tava preso?", gritou. Nem respondi. Só tem gozador na área. E lá fui para o laboratório passar por exames...
No regresso, claro, lembrei da saída agitada. Liguei para o Nelson e combinei para ele me aguardar na porteira. "Ô Nelson, comprei uns salgadinhos para você. Me aguarde que estou chegando !". "Foi o estratagema que bolei para entrar rápido no quintal". Ele abriria o caminho. Pô, tava me sentindo uma estrela do Rock, famoso, tentando se livrar dos fãs.
Caramba, na saída da porteira, tentando ser rápido (somos vulneráveis aos ladrões na saída ou na chegada em casa), quase fui cercado pelos amigos e conhecidos. "Tá sumido!", gritou um. "Vai passear?", indagou outro. Bolas, quero ser rápido. Só lancei sorrisos forçados, e acelerei, dando "adeus" com a mão esquerda. Mais adiante, o Fred varria a calçada dele. Reconheceu o carro e me saudou com a vassoura erguida. "Tava preso?", gritou. Nem respondi. Só tem gozador na área. E lá fui para o laboratório passar por exames...
No regresso, claro, lembrei da saída agitada. Liguei para o Nelson e combinei para ele me aguardar na porteira. "Ô Nelson, comprei uns salgadinhos para você. Me aguarde que estou chegando !". "Foi o estratagema que bolei para entrar rápido no quintal". Ele abriria o caminho. Pô, tava me sentindo uma estrela do Rock, famoso, tentando se livrar dos fãs.
O plano deu certo. Entrei rapidinho no quintal, Nelson fechou a porteira e veio rapidinho à procura dos salgadinhos. Mas ele foi me mostrando o celular com várias mensagens dos vizinhos: "Luar chegou e trouxe salgadinhos para a turma!". Céus. Acho que vou ficar do lado dos amigos que são contra os avanços das tecnologias. Se vivêssemos na era dos sinais de fumaça, aposto que a troca de mensagens seria, digamos, mais lenta e levada pelo vento. Acho que tô começando a ficar com saudade do tempo do bonde e dos sarau.
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