O ícone da reportagem policial, Luarlindo ErnestoDivulgação
Publicado 21/09/2024 00:00
Parece que a dança da chuva, ideia do Ibiapina, que começou no auge do calor, e que foi praticada durante todos os dias, finalmente deu certo. A temperatura caiu, oscilou nos 28°C e as chuvas chegaram na terça-feira. Assim, voltamos às comidas mais pesadas, com mais teor calorífico.
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Trocado em miúdos: sopão de entulho - ou do cavalo cansado - cozido à moda portuguesa, e a saudosa feijoada, quase completa. Vale frisar que a dança da chuva serve também para ajudar a preservar a vegetação da Serra dos Pretos Forros, aqui em frente. Não é de admirar que sempre aparece um irresponsável para atear fogo na área. Mas, graças aos céus, não tem aparecido. Bom lembrar que a indústria que explora a água mineral dessa região tem sua própria brigada de incêndio. Não é nada, mas sempre é uma dádiva para combater possíveis incêndios, criminosos ou não, que por vezes atingem a mata. Aliás, o nome da água engarrafada ali tem o nome do bairro: Água Santa Cruz.
Entenderam ou querem que eu explique melhor?
Mas, com dança da chuva ou não, o certo é que o clima está ficando cada vez mais quente e seco de Norte ao Sul do país. E tem gente que já aposta em chuva artificial para tentar reverter a situação. Um método que vem de longe, de regiões desérticas, como nos Emirados Árabes.
Tentar fazer chover não é novidade. Bem antes disso, em 1950, o Estado do Ceará já bombardeava nuvens para tentar contornar a seca no semiárido. O programa perdurou por décadas até ser encerrado no ano 2000, por não demonstrar aumento significativo nas precipitações.
Mas, aproveitando o refresco que São Pedro trouxe para aliviar o fim de semana dos veteranos aqui de Água Santa, quando esperamos um clima mais frio, ou temperado, iniciamos as compras dos legumes, verduras, carnes, feijões (branco, mulatinho e preto), reforçamos o estoque de costelas suínas e bovinas, das linguiças e do carvão. Engraçado ver os olhares das pessoas quando notam o bando de veteranos adentrando nos mercados. Devem pensar em cada coisa...
Fugitivos de algum asilo? Antigos ladrões com recaídas?
Sei lá, o que mais imaginavam.
Mas nesses tempos de risco inflacionário, a economia é indispensável. Mas, não no comestível. Só nas cervejas. Procuramos melhores preços, mas mantendo a qualidade do produto, claro. Ninguém aqui quer sofrer de ressaca.
E vamos em frente, com os quatro carrinhos abarrotados. Já na caverna, tudo arrumado, para a preparação... Então, brindamos à chegada deste sábado. Ingredientes no panelão, temperos a postos, copos cheios e papos variados. A patroa serviu salgadinhos - pouco sal - e me serviu com refresco de groselha. Ando afastado das cervejas.
Enquanto o tempo passa, Adilsinho resolveu consultar site da meteorologia. Caramba, a temperatura volta a subir amanhã, domingo.
Bem, não faltará comida e bebidas para o "enterro dos ossos".
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