Momento em que Eduardo Paes diz que vai ajeitar as contas do estado "como fez na prefeitura". Só que, ops!, o antecessor dele na prefeitura foi... Cesar Maia (DEM), agora aliado e candidato da coligação ao Senado.Reprodução Facebook
Por PAULO CAPPELLI
Publicado 23/08/2018 03:00

Até poucos meses desafeto de Cesar Maia (DEM), Eduardo Paes (DEM) ainda não se acostumou à condição de aliado. Em discurso em Italva, ontem, Paes disse que, se eleito, vai "ajeitar as contas do estado". E emendou: "Essa é a minha especialidade, é o que eu fiz na Prefeitura do Rio. Vamos botar a máquina para funcionar". O candidato ao governo esqueceu que herdou a prefeitura de... Cesar Maia, agora correligionário e candidato da coligação ao Senado.

Quando diz que ajeitará as contas do estado como fez na prefeitura, Paes, de certa forma, equipara as gestões de Pezão (MDB) e Maia. O postulante ao Senado não presenciou o discurso. Encontrou-se com Paes depois, em Campos.

Chumbo trocado?

Em entrevista aqui, há 11 meses, Maia avaliou a administração de Paes: "Quis surfar os grandes eventos, e a onda o derrubou."

Em tempo

Quando Maia está no palanque, Paes é mais cordial. Em Santo Antônio de Pádua, um locutor anunciou a presença do candidato ao governo: "Com vocês, o melhor prefeito da história do Rio!" Paes tomou o microfone e, apontando para Maia, disse: "Sou o segundo melhor."

Papo de candidatos

Anthony Garotinho (PRP) nega que tenha conversado com Romário (Podemos) por telefone para combinar um cessar-fogo entre ambos com objetivo de centrar os ataques em Eduardo Paes, como o Informe publicou ontem. Já o ex-jogador apresenta outra versão. Segundo a coordenação-geral da campanha de Romário, a conversa existiu, sim.

Confiança nas alturas

Animado com as últimas pesquisas, o núcleo-duro de Paes acredita que o candidato poderá vencer a eleição já no primeiro turno. Aposta em uma desidratação de Romário e que Garotinho terá problemas com a Justiça Eleitoral.

Paes do Senhor

Para isso, Paes concentrará suas agendas no interior, onde, avalia, é pouco conhecido. Em Itaperuna, ao se apresentar a um eleitor, disse: "Prazer, Eduardo Paes". Acreditando se tratar de uma saudação, o outro respondeu: "Prazer. Paz para você também".

Diversidade

Até agora, só dois candidatos à Presidência e dois ao Palácio Guanabara assinaram o termo de compromisso proposto pela Aliança Nacional LGBTI, que visa reforçar políticas públicas em defesa da comunidade gay. Os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (Psol) e, no Rio, Tarcísio Motta (Psol) e Marcia Tiburi (PT).

Preocupação

Na Rocinha, o deputado Marco Antônio Cabral (MDB-RJ) ouviu idosos e pessoas com deficiência que temem o fechamento do Centro de Cidadania Rinaldo de Lamare, vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social. Procurada pela Coluna, a pasta confirmou atraso no pagamento de terceirizados, mas garantiu que o problema será solucionado e que as atividades continuarão.

'Geraldo Brasil'

Subsecretário de Comunicação de Crivella, o também compositor Daniel Pereira gravou jingle que será usado na campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência. Em ritmo de vanerão, típico do Sul, a letra fala em 'Geraldo Brasil'.

Publicada aqui ontem

André Corrêa (DEM) rebate crítica de que não pede votos para Paes: "Intriga de invejoso."

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