Presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira JúniorMarcelo Camargo/Agência Brasil
Por Nuno Vasconcellos
Publicado 29/01/2021 05:00 | Atualizado 29/01/2021 09:06
O pedido de demissão de Wilson Ferreira Junior, CEO da Eletrobras, teve impacto imediato nos mercados interno e externo. As ações despencaram. O executivo, que alegou razões pessoais, continuará no cargo até o dia 5 de março. A Eletrobras é uma empresa muito importante para o Rio de Janeiro, principalmente pela geração de empregos diretos. Os funcionários de carreira não são entusiastas da gestão de Wilson Ferreira. Sobre seu comando, reduziu-se de 13.700 empregados para uma projeção, se privatizada, cair ainda mais para 10 mil colaboradores. A saída do atual presidente tem a ver com o abismo com que o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente Jair Bolsonaro entendem a ideia de passar o controle para o capital privado. Um assessor de Ferreira contou que ficou insustentável permanecer no cargo depois que se percebeu que o Planalto dificultou o quanto pôde o processo de privatização da estatal tocado pela equipe econômica. Tampouco vendeu as mais de cem sociedades de propósito específico (SPEs) penduradas na Eletrobras. Nem precisava convocar assembleia geral.

DESEMPREGO
O esvaziamento da Eletrobras e a redução de pessoal na Petrobras são apenas alguns sinais de como o estado do Rio de Janeiro precisa descobrir caminhos novos para o seu desenvolvimento. Outra preocupação é com a Petrobras. Desde o ano passado, aproximadamente 11 mil empregados da empresa aceitaram planos de demissão e a companhia continua focada em reduzir seus quadros. O impacto na economia total do estado em meio a uma pandemia nos obriga a encontrar um novo projeto de desenvolvimento mais atual e adequado para os atuais tempos de vacas magras. A era das estatais ricas e poderosas ficou para trás. 
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Em busca de solução
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Mais de mil funcionários dispensados da Faetec em setembro de 2020 ainda aguardam para receber salários, rescisão trabalhista e outros direitos previstos em lei. A Comissão de Ciência e Tecnologia da Alerj, presidida pelo deputado Waldeck Carneiro (PT), vai chamar o presidente da instituição, João Carrilho, para a busca de soluções práticas. 
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