Publicado 12/07/2022 16:20
O vice-líder de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Otoni de Paula (MDB), esteve em Foz do Iguaçu nesta terça-feira (12) para se solidarizar com a família de Marcelo Arruda. O dirigente do PT foi assassinado no fim de semana pelo policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador do presidente.
Em um vídeo gravado ao vivo com o irmão da vítima, o deputado federal afirmou estar na cidade a pedido de Bolsonaro e disse que o próprio presidente teria falado com a família — fato não divulgado oficialmente:
"O presidente Bolsonaro pediu para que nós viéssemos aqui e prestássemos essa solidariedade à família, até porque é uma família plural: o Marcelo era petista, seus irmãos são bolsonaristas, e o presidente queria entender melhor esse processo. O presidente falou com a família, prestou solidariedade, se colocou à disposição para recebê-los em Brasília e, de alguma forma, ser um arauto da paz, a fim de que o que aconteceu com o Marcelo", diz ele.
Curiosamente, o parlamentar se contrapôs ao próprio chefe do Executivo — que, hoje, relativizou a agressão cometida pelo policial penal: "Talvez concluam hoje, para a gente ver que teve um problema lá fora, onde o cara que morreu, que estava lá na festa, jogou uma pedra no vidro daquele cara que estava que estava no carro pro lado de fora", disse Bolsonaro.
No entanto, em sua live, Otoni desmente a versão da pedra e mostra que, no local, havia apenas um canteiro de terra. O deputado ainda fez questão de lembrar o caso de Adélio Bispo, autor da facada no então presidenciável em 2018.
"Ontem foi um extremista da esquerda, agora, um extremista da direita. A coisa pode estar tomando uma proporção que, eu tenho certeza, nenhum dos lados deseja. Ficará muito ruim para a nação brasileira".
Veja o vídeo completo:
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