Publicado 18/03/2024 05:00
O deputado federal Marcelo Queiroz (PP) é um dos pré-candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro. Advogado formado pela PUC-Rio e mestre em Economia, Queiroz iniciou sua carreira no movimento estudantil. Foi vereador, deputado estadual, secretário de Administração e de Meio Ambiente da Prefeitura, além de secretário de Estado de Agricultura. Em entrevista à coluna, Queiroz sinalizou o apoio que gostaria da federação PSDB/Cidadania para a chapa na disputa pelo Executivo da capital fluminense nas eleições deste ano.
Deputado, o senhor é pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro. Qual é a sua prioridade número 1?
É impossível uma única questão como prioridade para a cidade. O Rio está sem perspectiva de futuro, você olha para frente e não consegue projetar o futuro. O Eduardo perdeu essa capacidade. O que se vê é uma profunda desordem urbana e servidores públicos desestimulados. É tudo mais do mesmo. A prefeitura vive um modelo baseado no conflito, onde vereadores, secretários, subprefeitos, gestores locais e assessores vivem em guerra constante. Ninguém aguenta mais. Mudar esse ambiente de trabalho vai refletir rapidamente no dia a dia da população. O Rio merece viver um novo momento, precisamos acabar com essa história que o Eduardo é bom porque ama a cidade ou enfrenta seus problemas. Os problemas estão aí.
O atual prefeito Eduardo Paes é um adversário muito forte. Quais são as brechas da administração atual que o senhor considera mais graves?
É muito triste o que estamos prestes a assistir nesta eleição. O Eduardo não é candidato a prefeito, ele é candidato a governador. É muito egoísmo da parte dele fazer isso com nossa cidade. Todo mundo sabe que, ele sendo eleito, ficará apenas um ano. O debate sobre o futuro da nossa cidade deveria ser realizado com aquele que venha a ser vice dele. Hoje, a minha experiência na administração municipal me ajuda a identificar algumas falhas. Por exemplo, fui secretário de administração. A secretaria era o coração da Prefeitura e tinha como seu papel principal cuidar dos servidores, da transparência e da economia nas compras públicas. Hoje, temos mais de 30 secretarias e a de Administração foi extinta. É um desleixo total com o servidor. O processo eletrônico da Prefeitura é péssimo. Perde muito para o do Estado. No meio ambiente, a transferência do licenciamento ambiental para a Secretaria de Desenvolvimento vai contra todo o pioneirismo do Rio com a Eco 92.
A insegurança pública é um problema nas grandes capitais. A prefeitura pode ajudar no combate à criminalidade de que maneira?
Eduardo não fez nada pela segurança pública. Sempre se escondeu desse problema. Adora dizer que é obrigação dos governos estadual e federal. Eduardo só trata de segurança pelo Twitter e Instagram. Depois de 15 anos, na semana passada, ele postou que iria acabar com o comércio de rua no centro da cidade, ali na Uruguaiana. Parece até piada. É só ir lá agora e ver como está tudo igual. Segurança pública é coisa séria e requer planejamento e integração. Minha primeira reunião como prefeito será com o governador e o ministro da Justiça.
O senhor tem uma atuação muito presente na proteção animal. Quais são seus projetos, caso se eleja?
A defesa dos animais é a minha pauta de coração. Tenho orgulho de ter criado o maior programa de castração da América Latina com todo o apoio do governador Cláudio Castro. O RJPET é a base para diminuir problemas como o abandono de animais. Quero instituir o programa de lar temporário remunerado para aumentar as ações de combate aos maus-tratos e abandonos de cães e gatos. Assim, ajudamos também os protetores de animais, com quem a sociedade tem uma dívida histórica. Vamos garantir ainda, com o governo federal, recursos para custear hospitais veterinários na cidade. Inaugurar hospital veterinário sem custeio futuro garantido (direito conquistado na saúde humana) não dá.
Recentemente, o senhor se encontrou com o Aécio Neves, do PSDB, em Brasília. Está costurando algum apoio com o partido? Há chances de o nome do seu vice saia dessa parceria?
Respeitar os partidos políticos é respeitar a democracia. Minha história é diretamente ligada ao Progressistas. Um partido que tem como princípios a luta pelo equilíbrio fiscal, pela liberdade de expressão e pela geração de empregos. Sou muito grato ao presidente nacional Ciro Nogueira, ao presidente Dr. Luizinho e a toda bancada por essa oportunidade. Quero muito o apoio da federação PSDB/Cidadania. Eles têm grandes quadros. Para quem luta pelo meio ambiente, ter um tucano na chapa faz todo o sentido.
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