Publicado 18/05/2022 22:40
O nosso lixo do dia a dia mudou. O principal impacto veio no rastro da pandemia de Covid-19 com a implantação do lockdown e a mudança na rotina de trabalho com muitos aderindo ao home office ou a jornada híbrida. O estudo revirou o descarte e constatou o aumento substancial no uso de produtos de limpeza/higiene pessoal, assim como na compra de alimentos.
O maior consumo desses itens resultou num crescimento de 140% no volume diário recebido no Aterro Sanitário de Campos, onde foi feita a medição. Logicamente com um volume maior, proporcionalmente, cresceu a transformação em chorume, líquido extremamente poluente gerado pela decomposição de resíduos.
Uma outra análise focou na qualidade operacional dos aterros sanitários do estado. Entre os principais problemas constados: carência econômica e imperícias. Foram considerados mais críticos: os de Miguel Pereira, Barra do Piraí e Piraí. Na outra ponta, a dos mais eficientes: Seropédica, Campos dos Goytacazes e São Gonçalo.
Essas duas linhas de estudos inauguram o Observatório de Resíduos Sólidos. É o primeiro em gestão integrada do estado e funciona dentro do campus Maracanã da Universidade Veiga de Almeida e conta com apoio do CNPq. Oferece dados para a população, o poder público e a iniciativa privada que podem auxiliar na elaboração de projetos e políticas socioambientais.
“São artigos científicos, dados técnicos e outras informações relevantes que poderão ajudar a mitigar os problemas sociais e ambientais derivados das novas necessidades de tratamento, destinação e disposição final dos materiais gerados nos municípios fluminenses”, explica Carlos Eduardo Canejo, coordenador do Núcleo de Sustentabilidade da Pós-Graduação da UVA.
O Observatório ainda desenvolve outras seis pesquisas que serão divulgadas progressivamente nas linhas de: resíduos plástico e papel, vazadouros e contaminação.
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