TSE lança glossário eleitoral arte de divulgação TSE
Publicado 22/08/2022 13:55 | Atualizado 22/08/2022 14:42
Temendo imagem negativa, empresas evitam apoio político. É o que revela pesquisa do Instituto Ethos que aponta uma incoerência. Ao mesmo tempo em que 90% acham importante a responsabilidade social das empresas no processo eleitoral, na mesma proporção, enxergam riscos reputacionais no envolvimento com a política. Os dados indicam que preferem o engajamento das organizações privadas em apoio às chamadas políticas transversais como: cotas, combate às desigualdades, sustentabilidade, ESG...
Essas informações fazem parte do guia: “A Responsabilidade Social das Empresas no Processo Eleitoral". A nossa coluna antecipa as informações que vão ser divulgadas nesta quinta-feira.
Histórico eleitoral
Desde o ano 2002, o Ethos publica documentos com orientações para entidades privadas, sempre incorporando atualizações do processo eleitoral. Até 2016, o foco eram as doações das empresas para campanhas eleitorais. Mas elas elas foram proibidas de forma direta para pessoas jurídicas. Passaram a ser permitidas em duas formas principais: através do Fundo Eleitoral e por pessoas físicas. Sem a possibilidade de contribuição efetiva, a relação com as eleições mudou.
Segundo Caio Magri, presidente do Instituto Ethos, mesmo com as restrições legais, as empresas permanecem com sua responsabilidade como agente de mobilização social. “Elas podem trabalhar em conjunto com a sociedade civil em ações coletivas para exigir dos candidatos compromissos públicos com suas promessas de campanha, demandar que sejam concretas, claramente descritas e com metas quantificadas para que possam ser acompanhadas posteriormente”, afirma Magri.
Apoio às causas e não aos candidatos
O guia destaca que não há uma forma exata de como uma organização socialmente e politicamente ativa deva atuar nas eleições. Mas há algumas diretrizes que podem mitigar os riscos. Uma delas recomenda que a atuação seja pautada na defesa e no apoio às causas e não às pessoas que sejam candidatas.
Uma forma indicada como mais segura é se posicionarem assumindo compromissos em ações coletivas ou em agendas transversais. No segundo caso estão, por exemplo, políticas públicas para diminuir as desigualdades de gênero e raciais, ações contra o desmatamento, que combatam o trabalho análogo à escravidão, incentivo a formulação de canais de conduta. Podem  ser ainda questões locais, como: debates sobre zoneamento urbano, investimentos estaduais ou municipais em determinados setores da economia ou regiões.
TSE lança Glossário Eleitoral
O Tribunal Superior Eleitoral colocou no ar em seu site um Glossário. O material contém mais de 300 verbetes utilizados pelos operadores da Justiça Eleitoral (JE). Trata-se da disponibilização de uma fonte de pesquisa para quem deseja se aprofundar sobre a evolução do processo eleitoral brasileiro desde a época imperial.
As expressões estão distribuídas em ordem alfabética para facilitar a consulta pela usuária ou usuário.
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