Publicado 27/08/2022 16:53
Somente agora a organização do Rock in Rio se tocou que o festival, pela primeira vez, em seus 37 anos, vai acontecer em período eleitoral, com regras e restrições comunicacionais regidas pelo Superior Tribunal Eleitoral. Temendo problemas, os administradores acabam de emitir uma nota oficial informando que não será autorizada a presença de nenhum candidato em seus palcos.
O comunicado ainda recomenda que, todas as empresas, instituições e artistas envolvidos com o evento tenham conhecimento da Lei eleitoral. No entanto, não informa como vai proceder fora dos holofotes, com a plateia, demais dependências e acessos à Cidade do Rock.
O comunicado ainda recomenda que, todas as empresas, instituições e artistas envolvidos com o evento tenham conhecimento da Lei eleitoral. No entanto, não informa como vai proceder fora dos holofotes, com a plateia, demais dependências e acessos à Cidade do Rock.
Marketing de Emboscada em Campanhas
É o chamado “marketing de emboscada”. A cada eleição, vem sendo adotado em maior intensidade pelas organizações das campanhas eleitorais. É quando aproveitam um evento de grande visibilidade ou concentração de pessoas para fazer panfletagem ou outras ações que divulguem seus candidatos.
Já com relação às citações diretas ou sublimares dos músicos em favor de campanhas, partidos e candidatos é bem mais difícil de controlar. Isso porque faz parte da cultura artística esse tipo de manifestação, assim como defesa de causas sociais, não apenas através das letras das canções, como em outras formas: testemunhais, gestuais, vestuário e símbolos visuais.
Já em relação à plateia, é impossível esse tipo de controle. Muitas vezes, até em contrariedade com o artista, o público puxa coro com manifestações políticas.
É o chamado “marketing de emboscada”. A cada eleição, vem sendo adotado em maior intensidade pelas organizações das campanhas eleitorais. É quando aproveitam um evento de grande visibilidade ou concentração de pessoas para fazer panfletagem ou outras ações que divulguem seus candidatos.
Já com relação às citações diretas ou sublimares dos músicos em favor de campanhas, partidos e candidatos é bem mais difícil de controlar. Isso porque faz parte da cultura artística esse tipo de manifestação, assim como defesa de causas sociais, não apenas através das letras das canções, como em outras formas: testemunhais, gestuais, vestuário e símbolos visuais.
Já em relação à plateia, é impossível esse tipo de controle. Muitas vezes, até em contrariedade com o artista, o público puxa coro com manifestações políticas.
Proibição frustrada no Lollapalooza
Lembrando que mesmo antes do rigor do período eleitoral, as apresentações do Lollapaloouza, em março, já causaram polêmica. Chegou até a ser decretada uma proibição de que se manifestassem nos palcos, mas foi revogada logo depois, considerada como censura pelo mesmo ministro do TSE que a concedeu, Raul Araújo.
Na ocasião, o magistrado se defendeu das acusações de censura no próprio texto que efetivou a revogação, dando a entender que o Partido Liberal apresentou o caso de forma enganosa a ele.
“Ressalto que a decisão anterior foi tomada com base na compreensão de que a organização do evento promovia propaganda política ostensiva estimulando os artistas. Os artistas, individualmente têm garantida, pela Constituição Federal, a ampla liberdade de expressão.”
Liberdade de Expressão X Censura
A decisão do ministro foi tomada após o partido ter acionado o Tribunal sobre as manifestações de Pabllo Vittar nos primeiros dias de shows. A cantora desfilou pelo palco com uma bandeira com o rosto do ex-presidente Lula (PT).
No pouco tempo em que a proibição ficou em vigor, chegou até a circular uma provocação da cantora Anitta insinuando que pagaria a multa estipulada em R$ 50 mil para quem descumprisse e se manifestasse. Esse curto impedimento ainda serviu como uma espécie de estímulo. Na sequência, antes mesmo da revogação da liminar, outros artistas protestaram no palco, como Fresno, Djonga, Marina Sena, Marcelo D2 e Gloria Groove.
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