Publicado 07/10/2022 08:51 | Atualizado 09/10/2022 17:51
Outubro Rosa foi o pioneiro nas campanhas coloridas que utilizam palhetas específicas para chamar a atenção em meses destinados para a divulgação de causas de saúde e sociais. Seguindo o exemplo multiplicaram-se num verdadeiro arco-íris que não cabe mais no calendário gregoriano dividido em 12 períodos. Tanto que alguns abrigam mais de uma campanha simultânea. Em abril, por exemplo, temos o movimento Azul – sobre transtorno do Espectro Autista e o Verde – segurança e saúde no ambiente de trabalho.
Vieram ainda muitas outras: Janeiro Branco, Fevereiro Roxo, Março Lilás, Março Azul-marinho... Setembro Amarelo, Novembro Azul, Dezembro Vermelho...
Vieram ainda muitas outras: Janeiro Branco, Fevereiro Roxo, Março Lilás, Março Azul-marinho... Setembro Amarelo, Novembro Azul, Dezembro Vermelho...
Desmistificação
O foco da campanha é o de mama. O mito e o medo em torno do câncer é tão grande que até hoje, para muitas pessoas, é uma palavra impronunciável.
“Não há mais espaço para menções como 'aquela doença'. Precisamos falar abertamente com a população sobre prevenção, sinais de alerta, opções de tratamento e finitude de vida com dignidade, clareza e transparência. Uma população bem informada poderá colaborar para melhorias no contexto geral do cuidado de sua saúde”. – abre o jogo André Sasse, médico, professor e CEO do Grupo SOnHe, uma das maiores referências nacionais no segmento oncológico, localizado em Campinas, SP.
O foco da campanha é o de mama. O mito e o medo em torno do câncer é tão grande que até hoje, para muitas pessoas, é uma palavra impronunciável.
“Não há mais espaço para menções como 'aquela doença'. Precisamos falar abertamente com a população sobre prevenção, sinais de alerta, opções de tratamento e finitude de vida com dignidade, clareza e transparência. Uma população bem informada poderá colaborar para melhorias no contexto geral do cuidado de sua saúde”. – abre o jogo André Sasse, médico, professor e CEO do Grupo SOnHe, uma das maiores referências nacionais no segmento oncológico, localizado em Campinas, SP.
O câncer de mama acomete uma em cada oito mulheres ao longo da vida. Mas isso não é motivo para desespero. A boa notícia é que a chance de cura é alta quando identificada no início. Daí a necessidade dos testes para verificação logo no começo.
“A mamografia é o ideal para mulheres acima de 40 anos para rastrearem se têm ou não a doença. É o único exame que você consegue verificar numa fase precoce em que tem 95% de chance de cura” – explica Renata Ploetterle Sasse, diretora executiva do grupo.
“A mamografia é o ideal para mulheres acima de 40 anos para rastrearem se têm ou não a doença. É o único exame que você consegue verificar numa fase precoce em que tem 95% de chance de cura” – explica Renata Ploetterle Sasse, diretora executiva do grupo.
Com mais de 30 anos, a campanha Outubro Rosa encontra-se numa fase mais avançada, focada na qualidade de vida e na saúde como forma de prevenção para evitar o diagnóstico positivo.
“Trabalhamos com três pilares que chamamos de AME: A de alimentação saudável, M de movimento e E de exames periódicos. Falamos de alimentação saudável e exercícios que previnem. Quando falamos de exame, estamos nos referindo ao diagnóstico precoce” – acrescenta Renata.
Canoagem como superação
Muitas mulheres que venceram esse mal adotaram a prática desse esporte como aliado no processo de reabilitação. A possibilidade foi divulgada através de um estudo realizado na década de 90 pelo médico Don McKenzie que descobriu o impacto positivo das remadas como a prevenção e no controle de inchaços causados por obstruções no sistema linfático, conhecidos como linfodemas.
“Trabalhamos com três pilares que chamamos de AME: A de alimentação saudável, M de movimento e E de exames periódicos. Falamos de alimentação saudável e exercícios que previnem. Quando falamos de exame, estamos nos referindo ao diagnóstico precoce” – acrescenta Renata.
Canoagem como superação
Muitas mulheres que venceram esse mal adotaram a prática desse esporte como aliado no processo de reabilitação. A possibilidade foi divulgada através de um estudo realizado na década de 90 pelo médico Don McKenzie que descobriu o impacto positivo das remadas como a prevenção e no controle de inchaços causados por obstruções no sistema linfático, conhecidos como linfodemas.
Essa pesquisa estimulou o surgimento de diversas equipes de praticantes dessa modalidade. No Brasil, o movimento foi trazido por Cleusa Alonso, que, na época, estava em fase de recuperação e residia em Buenos Aires - Argentina, onde conheceu a iniciativa.
A atividade faz parte do ‘Eixo Movimenta Lua’ uma associação cearense, que estimula voluntárias a terem uma vida saudável e uma rotina regular de exercícios. Os benefícios da prática são avaliados pelas 50 participantes do projeto, que destacam melhorias notáveis na saúde física e mental.
“Começar a remar foi um divisor de águas na minha vida. Estar lá é algo muito além da prática física. A energia contagiante das mulheres, a disciplina, o mergulho no mar, tudo isso nos motiva e nos faz enxergar todo o nosso potencial”, ressalta Aline Vasconcellos, que se recupera de um câncer de mama.
A atividade faz parte do ‘Eixo Movimenta Lua’ uma associação cearense, que estimula voluntárias a terem uma vida saudável e uma rotina regular de exercícios. Os benefícios da prática são avaliados pelas 50 participantes do projeto, que destacam melhorias notáveis na saúde física e mental.
“Começar a remar foi um divisor de águas na minha vida. Estar lá é algo muito além da prática física. A energia contagiante das mulheres, a disciplina, o mergulho no mar, tudo isso nos motiva e nos faz enxergar todo o nosso potencial”, ressalta Aline Vasconcellos, que se recupera de um câncer de mama.
Uma equipe de 14 remadoras vai representar o estado do Ceará no I Festival Internacional de Dragon Boats de Mulheres Sobreviventes do Câncer de Mama, entre os dias 26 e 29, no Lago Paranoá, em Brasília.
Já o município fluminense de Niterói promove uma caminhada em 15 de Outubro. Ainda na agenda esportiva, o SOnHe promove uma Live com especialistas sobre a importância do exercício, além de partidas femininas em modalidades diferenciadas, como: Futebol, Vôlei e Beach Tennis, que vem conquistando cada vez mais mulheres.
“Estudos apontam que a presença de marcadores genéticos de prática regular de atividade física foi associada a uma redução de aproximadamente 40% no risco de desenvolvimento de câncer de mama, ao passo que um maior tempo de sedentarismo foi associado a um aumento de quase 80% no risco de câncer de mama receptor hormonal negativo”, reforça Leonardo Silva, oncologista do Grupo SOnHe.
Já o município fluminense de Niterói promove uma caminhada em 15 de Outubro. Ainda na agenda esportiva, o SOnHe promove uma Live com especialistas sobre a importância do exercício, além de partidas femininas em modalidades diferenciadas, como: Futebol, Vôlei e Beach Tennis, que vem conquistando cada vez mais mulheres.
“Estudos apontam que a presença de marcadores genéticos de prática regular de atividade física foi associada a uma redução de aproximadamente 40% no risco de desenvolvimento de câncer de mama, ao passo que um maior tempo de sedentarismo foi associado a um aumento de quase 80% no risco de câncer de mama receptor hormonal negativo”, reforça Leonardo Silva, oncologista do Grupo SOnHe.
Vinho Rosé
A entrada das mulheres em alguns segmentos até então dominados por homens também é usado como artifício para chamar a atenção para a campanha, como entre as apreciadoras de vinho e sommelières.
A Renascer Marketing em Saúde fecha os eventos temáticos de Outubro reunindo em um jantar, em Campinas, a primeira grande confraria de Mulheres Rosa, todas unidas pela conscientização.
“Só mulheres que são confreiras do vinho. Queremos através dessa bebida que nos uniu, divulgar o câncer de mama sem o paradigma da morte.” explica Renata Sasse.
A entrada das mulheres em alguns segmentos até então dominados por homens também é usado como artifício para chamar a atenção para a campanha, como entre as apreciadoras de vinho e sommelières.
A Renascer Marketing em Saúde fecha os eventos temáticos de Outubro reunindo em um jantar, em Campinas, a primeira grande confraria de Mulheres Rosa, todas unidas pela conscientização.
“Só mulheres que são confreiras do vinho. Queremos através dessa bebida que nos uniu, divulgar o câncer de mama sem o paradigma da morte.” explica Renata Sasse.
Cookie Rosa
Com objetivo de divulgar e arrecadar fundos para tratamentos de mulheres carentes, a Sanduicheria Subway lança o Cookie Rosa em edição limitada. Cada unidade vendida reverte em R$1 doado para a Organização Américas Amigas.
“Nós sabemos a importância de se falar e dar visibilidade a causa do câncer de mama no país, visto que é o mais comum entre as mulheres” – explica Gabriel Ferrari, diretor de marketing da empresa no Brasil.
Com objetivo de divulgar e arrecadar fundos para tratamentos de mulheres carentes, a Sanduicheria Subway lança o Cookie Rosa em edição limitada. Cada unidade vendida reverte em R$1 doado para a Organização Américas Amigas.
“Nós sabemos a importância de se falar e dar visibilidade a causa do câncer de mama no país, visto que é o mais comum entre as mulheres” – explica Gabriel Ferrari, diretor de marketing da empresa no Brasil.
Outras ações:
A cidade fluminense de Itaboraí inaugurou a exposição “A mulher e o câncer de mama no Brasil” na Casa Cultural Paulina Porto. Em São Gonçalo, o Centro de Oncologia do município promove uma série de palestras sobre prevenção e como cuidar da doença.
“Desejamos que ninguém passe por esse momento, mas, se o câncer for descoberto, podemos garantir um tratamento digno e eficiente, da forma que nosso munícipe merece e espera”, declarou o vice-prefeito Sérgio Gevú.
Outro destaque foi a exposição interativa Mulher Labirinto realizada em espaços públicos da região de Campinas (SP).
A cidade fluminense de Itaboraí inaugurou a exposição “A mulher e o câncer de mama no Brasil” na Casa Cultural Paulina Porto. Em São Gonçalo, o Centro de Oncologia do município promove uma série de palestras sobre prevenção e como cuidar da doença.
“Desejamos que ninguém passe por esse momento, mas, se o câncer for descoberto, podemos garantir um tratamento digno e eficiente, da forma que nosso munícipe merece e espera”, declarou o vice-prefeito Sérgio Gevú.
Outro destaque foi a exposição interativa Mulher Labirinto realizada em espaços públicos da região de Campinas (SP).
Doação de cabelos
Destaque para a campanha social “Solidariedade em Cada fio” da marca gaúcha de bolsas e calçados Usaflex em parceria com o Instituto Camaleão. Funcionários e clientes incentivados a doarem cabelos destinados para instituições que confeccionam e distribuem perucas para mulheres que sofrem efeitos colaterais do tratamento do câncer.
“Acredito que o ponto mais importante dessa campanha, é que ela se conecta com um dos pilares da marca que é se aproximar das causas femininas dando visibilidade e apoio às questões”, diz Jéssica Muller, diretora da Invento Casa Criativa, agência responsável pela campanha.
“Acredito que o ponto mais importante dessa campanha, é que ela se conecta com um dos pilares da marca que é se aproximar das causas femininas dando visibilidade e apoio às questões”, diz Jéssica Muller, diretora da Invento Casa Criativa, agência responsável pela campanha.
Para quem tem peito
Aproveitando o Outubro Rosa, a Avon, uma das marcas ícones da vaidade feminina, lança a campanha “Quem tem peito tem direito”. A loção corporal Malaleuca traz na embalagem especial imagens que incentivam a conscientização sobre a saúde da mulher. Durante esse mês sete por cento das vendas dos produtos da submarca Care serão para ações e projetos do Instituto Avon. Neste portfolio com percentagem revertida estão ainda os batons Ultramate e Ultracremoso.
“Anualmente, por meio das campanhas de conscientização do Outubro Rosa e do apoio à nossa causa da atenção ao câncer de mama, reforçamos o compromisso que assumimos com todas as brasileiras desde 2003 para promover avanços na causa, desenvolvendo iniciativas e ações que mobilizem todos os setores da sociedade” - afirma Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon.
Fundado em 2003, o Instituto Avon, já ajudou mais de 3,8 milhões de pessoas por meio de ações e projetos relacionados à atenção ao câncer de mama e possui 18 mil Representantes Embaixadoras da causa.
Eficácia do Movimento
Não resta a menor dúvida da importância dos holofotes focados na causa. Um estudo brasileiro publicado no periódico internacional Public Health in Practice fez uma avaliação do impacto das ações e o número de mamografias realizadas no Brasil. A oncologista Vivian Antunes, do SonHe, comenta que há um aumento significativo quando comparado com os três trimestres anteriores do ano. O crescimento do número de exames chega a 33% - durante o Outubro Rosa, a 39% - em novembro e 22% - em dezembro em comparação com a média nos primeiros nove meses. No entanto, a intensão é de que as reações reverberem durante todo o ano.
“Ainda, há que se enfatizar que as campanhas devem seguir constantes e não somente em outubro já que se observa uma queda no número médio de exames em até 20% de janeiro a setembro. A comunidade médica, empresas ligadas ao segmento de saúde e o setor público precisam oferecer excelência no cuidado oncológico e na produção de conhecimento para a população, além de investir o ano inteiro em ações de conscientização sobre câncer” – conclama André Sasse.
“Anualmente, por meio das campanhas de conscientização do Outubro Rosa e do apoio à nossa causa da atenção ao câncer de mama, reforçamos o compromisso que assumimos com todas as brasileiras desde 2003 para promover avanços na causa, desenvolvendo iniciativas e ações que mobilizem todos os setores da sociedade” - afirma Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon.
Fundado em 2003, o Instituto Avon, já ajudou mais de 3,8 milhões de pessoas por meio de ações e projetos relacionados à atenção ao câncer de mama e possui 18 mil Representantes Embaixadoras da causa.
Eficácia do Movimento
Não resta a menor dúvida da importância dos holofotes focados na causa. Um estudo brasileiro publicado no periódico internacional Public Health in Practice fez uma avaliação do impacto das ações e o número de mamografias realizadas no Brasil. A oncologista Vivian Antunes, do SonHe, comenta que há um aumento significativo quando comparado com os três trimestres anteriores do ano. O crescimento do número de exames chega a 33% - durante o Outubro Rosa, a 39% - em novembro e 22% - em dezembro em comparação com a média nos primeiros nove meses. No entanto, a intensão é de que as reações reverberem durante todo o ano.
“Ainda, há que se enfatizar que as campanhas devem seguir constantes e não somente em outubro já que se observa uma queda no número médio de exames em até 20% de janeiro a setembro. A comunidade médica, empresas ligadas ao segmento de saúde e o setor público precisam oferecer excelência no cuidado oncológico e na produção de conhecimento para a população, além de investir o ano inteiro em ações de conscientização sobre câncer” – conclama André Sasse.
Como começou o Outubro Rosa?
A proposta inicial remonta a 1990 quando o laço (símbolo da campanha) foi usado para identificar os participantes da Corrida pela Cura promovida pela Fundação Susan G. Komen for the Cure em Nova York. Aqui no Brasil, o movimento chegou uma década depois. No entanto, ainda há muito trabalho de conscientização a ser feito. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) prevê que até o final de 2022 o país registre 66.280 novos casos. O de mama é o tipo de câncer mais diagnosticado em todo o mundo e a principal causa de morte pela doença entre as mulheres, sendo que muitas delas poderiam ter sido evitadas pela prevenção.
A proposta inicial remonta a 1990 quando o laço (símbolo da campanha) foi usado para identificar os participantes da Corrida pela Cura promovida pela Fundação Susan G. Komen for the Cure em Nova York. Aqui no Brasil, o movimento chegou uma década depois. No entanto, ainda há muito trabalho de conscientização a ser feito. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) prevê que até o final de 2022 o país registre 66.280 novos casos. O de mama é o tipo de câncer mais diagnosticado em todo o mundo e a principal causa de morte pela doença entre as mulheres, sendo que muitas delas poderiam ter sido evitadas pela prevenção.
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