Dj Alok mantém instituto para ações socioambientaisfoto de divulgação
Publicado 16/10/2022 15:33 | Atualizado 16/10/2022 16:00
Direto de Singapura, Alok  nos explica que põe fé que bons exemplos possam ser multiplicadores ao incentivar outras adesões, inclusive de artistas e seus seguidores para mais pessoas abraçarem a causa social.
“Tanto no papel de entreter, de trazer alegria e arte, quanto na responsabilidade de usar de sua influência, artistas são formadores de uma nova consciência e devem ter clara noção disso”

No entanto, não é uma gincana entre quem dá mais. Apesar de alguns valores altos, a adesão de pessoas conhecidas serve como encorajador para que seus admiradores sigam o exemplo.
“Doar significa investir na transformação social, na criação de oportunidades para as pessoas e comunidades, assim como também socorrer quando dar a mão a quem precisa é a urgência. Doar, compartilhar, é um exercício de cidadania: ser cidadão não é apenas ter direitos, mas também perceber seus deveres e engajar-se à sua maneira na construção de uma sociedade mais equilibrada, justa, saudável”, justifica Devam Bhaskar, diretor executivo do Instituto Alok
A participação de celebridades em campanhas de doações ainda é muito tímida no Brasil em relação a outros países. Um dos principais resultados é sensibilizar e servir de exemplo para que mais pessoas atuem em ações solidárias conforme nos define Alok
“No Brasil, todo esforço para ajudar a construir uma 'cultura de doação' tem importância. Não importa a dimensão de sua doação, mas o gesto e a somatória de todos os gestos. Por exemplo, a gente sempre coloca nas postagens sobre os projetos com os quais somos parceiros: 'nós apoiamos e você pode apoiar também', ou seja, é um movimento coletivo. O nosso desejo é de que as pessoas que hoje recebem ajuda das nossas doações e projetos em um futuro próximo possam ser agentes sociais que nos ajudem a promover transformações também”

Dj no topo da lista:
A assessoria do Dj atualiza que com as últimas contribuições, Alok passou  a figurar no topo da lista de maior doador entre as celebridades nacionais. Sua equipe informa que, com a atualização do Monitor das Doações, o acumulado desse ano está em R$3,4 milhões - destinados para projetos sociais de organizações da sociedade civil e socorro a situações emergenciais. O músico tem focado o seu apoio em ações de  empreendedorismo com ênfase em jovens, mulheres e população negra, além das ações em prol das causas indígenas.

Instituto Alok
As personalidades têm a possibilidade de carimbarem os ramos aos quais preferem que sejam destinadas as suas contribuições. E nem sempre as escolhas das personalidades possuem relação direta com a sua atividade profissional.
“O artista é, como todo mundo, uma pessoa de múltiplos interesses e visões. O Instituto Alok, por exemplo, apoia projetos de microcrédito, formação de jovens em tecnologia, segurança alimentar, saúde infantil e também os ligados à arte e cultura” explica Devam Bhaskar.

Outras personalidades da lista
A modelo brasileira de projeção internacional Gisele Bündchen doou um total de R$ 1.150.000,00 para projetos ambientais voltados para a preservação dos biomais brasileiros.

A dupla Zé Neto e Cristiano destinou parte de seus R$ 998 mil para o Hospital de Base de São José do Rio Preto. O cantor Wesley Safadão fez seu último aporte de R$ 200 mil direcionado ao socorro das vítimas do temporal em Recife, ocorrido em maio deste ano, somando o seu total de doação deste ano em R$ 760 mil.
A cantora Anitta designou seus R$ 500 mil ajudar no combate à pobreza nas favelas. O ator e deputado federal Alexandre Frota destinou R$ 200 mil para a Santa Casa de Ilha Bela, em SP. A apresentadora Sabrina Satto, R$ 25 mil para trabalhadores em escolas de samba do Rio, categoria que foi muito abalada pela pandemia do Covid-19. Gusttavo Lima, R$ 11 mil para a Associação de Pessoas com Deficiência Intelectual ou Múltipla. Já a funkeira Jojo Todynho doou R$ 10 mil para um igreja.
Brasil avança em doações
Pulamos da 54ª para ocupar a 18ª posição entre os países mais empáticos. O levantamento é do World Giving Index 2022, da organização britânica Charities Aid Foundation (CAF), representada por aqui pelo IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social.
Pelo quinto ano consecutivo, a Indonésia se mantém no topo, seguida pelo Quênia.
Em Outubro, no país, foram mais de R$ 1 bilhão por 331 operações diferentes, sendo 207 individuais, 93 corporativas e 23 por instituições sem fins lucrativos.

Campeões estatais: BNDES e Petrobrás
No topo do ranking de doações, as empresas públicas ocupam os primeiros lugares, como o BNDES (R$ 412 milhões) e a Petrobras (R$ 280 milhões). Pela primeira vez, figura nessa lista a estatal fluminense, Cedae (70 milhões). Entre as privadas: Cargill (R$ 56 milhões), a Gerdau (40 milhões), Cacau Show (20 milhões) e Heineken (15 milhões).
“As públicas se destacam neste ano e são empresas com longa tradição em doações”, comemora João Paulo Vergueiro, diretor executivo do Monitor da Doação.
Destino dos Recursos
A maior parte dos valores são determinados pelos mecenas para aplicações no desenvolvimento do país, sendo que apenas 3% destinados para ações emergências, como as enchentes em Petrópolis e Recife.
Mais de 60% do total têm origem em empresas públicas, 28% em privadas, 7% em pessoas físicas e 2% em fundações e associações privadas.
O acompanhamento e monitoramento desses dados é uma iniciativa da Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), com o apoio do GIFE (Grupo de Institutos Fundações e Empresas) e do  Monitor das Doações. O relatório contabiliza valores com valor igual e/ou superior a R$ 3 mil e com divulgação pública. Para acompanhar a movimentação, acesse em www.monitordasdoacoes.org.br
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