Publicado 18/10/2022 16:15
Um dos maiores problemas ambientais são as espécies que são transportadas para áreas onde não existiam, mais por ações humanas do que naturais. Estudos apontam que as invasões biológicas são a segunda maior causa de extinção, só perdendo para a destruição de habitats.
Por não terem predadores naturais, proliferam com rapidez e ainda destroem, como uma praga, as espécies nativas da região infestada.
Por não terem predadores naturais, proliferam com rapidez e ainda destroem, como uma praga, as espécies nativas da região infestada.
Pequeno no tamanho, mas gigante nos estragos
A pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Química da UFRJ resolve um pequeno problema no tamanho, mas gigante nas consequências: o mexilhão-dourado. Apesar de inferior a 4 cm é uma praga monstruosa. Originário da Ásia chegou aqui pelos lastros das embarcações em rotas internacionais, tendo sido a Argentina o ponto original no Atlântico Sul e, depois, se alastrado pelas águas do Rio Guaíba (RS) no final dos anos 1990, segundo mapa de rastreamento feito pelo Ibama.
Ele devasta a vegetação aquática, sobrepõe-se a espécies nativas na disputa por alimento e espaço e ainda prejudica a pesca ao reduzir o alimento dos peixes da região. A proliferação de colônias prejudica a navegação, motores e funcionamentos de represas, usinas e agricultura irrigada. As tubulações entupidas precisam ser limpas constantemente, o que acarreta paradas frequentes e o encarecimento da produção.
UFRJ: biocida como solução
A equipe desenvolveu um antídoto natural feito com resíduos descartados na produção de óleo de soja usado na cozinha.
“Os biocidas sintetizados em nosso grupo de pesquisa foram associados à tinta automotiva e transformados em uma tinta anti-incrustante, capaz de impedir o processo de bioincrustação do mexilhão-dourado” revelou o professor Claúdio Lopes, coordenador da pesquisa
A equipe desenvolveu um antídoto natural feito com resíduos descartados na produção de óleo de soja usado na cozinha.
“Os biocidas sintetizados em nosso grupo de pesquisa foram associados à tinta automotiva e transformados em uma tinta anti-incrustante, capaz de impedir o processo de bioincrustação do mexilhão-dourado” revelou o professor Claúdio Lopes, coordenador da pesquisa
As primeiras experiências foram realizadas no reservatório de Chavantes, na usina hidrelétrica localizada no estado de São Paulo. Porém, a mistura dos biocidas à tinta também poderá ser empregada no ambiente marinho
Testes na Baía de Guanabara
Testes na Baía de Guanabara
Esse importante bioma do Rio de Janeiro também vai servir de laboratório e pode beneficiar-se da descoberta universitária para redução das cracas que fixam-se às superfícies das embarcações que trafegam pela região. Essa praga ainda reduz a velocidade, restringe a capacidade de manobra e aumenta o gasto de combustível.
“O nosso biocida é uma promissora alternativa para combater a formação de cracas em embarcações civis, militares, dutos de gás e plataformas de petróleo. E não é prejudicial ao meio ambiente”, afirmou o coordenador, lembrando que o uso de anti-incrustantes previne também a corrosão.
“O nosso biocida é uma promissora alternativa para combater a formação de cracas em embarcações civis, militares, dutos de gás e plataformas de petróleo. E não é prejudicial ao meio ambiente”, afirmou o coordenador, lembrando que o uso de anti-incrustantes previne também a corrosão.
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