Publicado 31/10/2022 13:21 | Atualizado 12/11/2022 11:29
No momento em que discutimos a importância dos nossos ancestrais na formação da cultura e da sociedade brasileira e seu reconhecimento como guardiões do meio ambiente, comemoramos os cem anos de nascimento de um dos maiores indigenistas, Darcy Ribeiro.
Programadas várias homenagens. No Rio de Janeiro, entre os eventos, a instalação imersiva “Dos Kadiwéu ao Quadrup", que acontece na Biblioteca Parque Estadual, no centro da cidade. Além dessa exposição, está sendo aberto um edital para quem apresentar projetos que tenham este pensador como tema e uma série de palestras.
O indigenista
Programadas várias homenagens. No Rio de Janeiro, entre os eventos, a instalação imersiva “Dos Kadiwéu ao Quadrup", que acontece na Biblioteca Parque Estadual, no centro da cidade. Além dessa exposição, está sendo aberto um edital para quem apresentar projetos que tenham este pensador como tema e uma série de palestras.
O indigenista
No final dos anos 1940, Darcy Ribeiro fez minuciosa pesquisa de campo sobre a etnia dos Kadiwéu, assim que ingressou no extinto Serviço de Proteção aos Índios. Ainda como funcionário do SPI, redigiu o projeto de criação do Parque Indígena do Xingu, implantado em 1961.
"Sem dúvidas, Darcy é um dos mais notáveis brasileiros. E a melhor maneira de homenageá-lo é dar continuidade ao seu legado. Ele deixa um exemplo fantástico para o povo brasileiro e uma grande contribuição para a cultura nacional.", ressalta Toni Lotar, conselheiro da Fundação Darcy Ribeiro.
"Sem dúvidas, Darcy é um dos mais notáveis brasileiros. E a melhor maneira de homenageá-lo é dar continuidade ao seu legado. Ele deixa um exemplo fantástico para o povo brasileiro e uma grande contribuição para a cultura nacional.", ressalta Toni Lotar, conselheiro da Fundação Darcy Ribeiro.
Visitou uma série de aldeias, algumas até então isoladas. Essas experiências resultaram nas publicações de várias obras consideradas referências sobre os povos indígenas. Entre elas, o emblemático “Kadiwéu: ensaios etnológicos sobre o saber, o azar e a beleza”, com descrições das relações familiares desse grupo indígena, das estratégias que empregam para a proteção de suas terras, os mitos e crenças, seus cantos, pinturas em corporais e em cerâmicas.
Darcy educaror: o criador do CIEP
Além de indigenista, sociólogo e antropólogo, foi um importante educador. Durante a primeira gestão de Leonel Brizola no Rio de Janeiro (1983-1987), como vice-governador, criou e implantou os Centros Integrados de Ensino Público, uma proposta pedagógica revolucionário desenvolvida em tempo integral, inspirados na relação que teve com o educador Anísio Teixeira.
Foi também um dos responsáveis pela criação da Universidade de Brasília implantada junto com a Capital Federal. Foi ministro da Educação durante Regime Parlamentarista do Governo João Goulart (18 de setembro de 1962 a 24 de janeiro de 1963) e chefe da Casa Civil entre 18 de junho de 1963 e 31 de março de 1964. Com o golpe que implantou a ditadura militar, como muitos outros intelectuais, teve seus direitos políticos cassados e foi exilado no Uruguai. Mais recentemente, idealizou a UENF, Universidade Estadual do Norte Fluminense.
Além de indigenista, sociólogo e antropólogo, foi um importante educador. Durante a primeira gestão de Leonel Brizola no Rio de Janeiro (1983-1987), como vice-governador, criou e implantou os Centros Integrados de Ensino Público, uma proposta pedagógica revolucionário desenvolvida em tempo integral, inspirados na relação que teve com o educador Anísio Teixeira.
Foi também um dos responsáveis pela criação da Universidade de Brasília implantada junto com a Capital Federal. Foi ministro da Educação durante Regime Parlamentarista do Governo João Goulart (18 de setembro de 1962 a 24 de janeiro de 1963) e chefe da Casa Civil entre 18 de junho de 1963 e 31 de março de 1964. Com o golpe que implantou a ditadura militar, como muitos outros intelectuais, teve seus direitos políticos cassados e foi exilado no Uruguai. Mais recentemente, idealizou a UENF, Universidade Estadual do Norte Fluminense.
Exposição no Rio de Janeiro
A mostra é dividida em sete núcleos. Entre eles: A Saga do Kadiwéu, com trechos do documentário “A nação que não esperou por Deus”, da cineasta Lúcia Murat (de 2015) em que retrata cenas da vida cotidiana, dança, grafismo, guerreiros e ceramistas. Completam ainda: uma seleção de peças de cerâmica – e a documentação da grande festa dos povos originários em homenagem aos mortos ilustres, o Quarup do Xingu.
Outros eventos
Ainda como parte do centenário, está aberto até 27 de novembro, um edital com cinco prêmios no valor de R$ 50 mil cada um, para empreendedores culturais do Estado do Rio de Janeiro que tenham projetos associados à memória de Darcy.
"Esse projeto contempla diversas vertentes, fomentando a economia criativa através do edital, e homenageando um grande personagem brasileiro com a exposição. Os visitantes vão poder vivenciar um pouco da importância de um dos nossos maiores referenciais, que é o Darcy, uma pessoa que empoderou a cultura indígena e negra, inclusive no nosso estado. É um reforço ainda mais potente da identidade da nossa gestão à frente da cultura", destaca a Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Danielle Barros.
A mostra é dividida em sete núcleos. Entre eles: A Saga do Kadiwéu, com trechos do documentário “A nação que não esperou por Deus”, da cineasta Lúcia Murat (de 2015) em que retrata cenas da vida cotidiana, dança, grafismo, guerreiros e ceramistas. Completam ainda: uma seleção de peças de cerâmica – e a documentação da grande festa dos povos originários em homenagem aos mortos ilustres, o Quarup do Xingu.
Outros eventos
Ainda como parte do centenário, está aberto até 27 de novembro, um edital com cinco prêmios no valor de R$ 50 mil cada um, para empreendedores culturais do Estado do Rio de Janeiro que tenham projetos associados à memória de Darcy.
"Esse projeto contempla diversas vertentes, fomentando a economia criativa através do edital, e homenageando um grande personagem brasileiro com a exposição. Os visitantes vão poder vivenciar um pouco da importância de um dos nossos maiores referenciais, que é o Darcy, uma pessoa que empoderou a cultura indígena e negra, inclusive no nosso estado. É um reforço ainda mais potente da identidade da nossa gestão à frente da cultura", destaca a Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Danielle Barros.
Além da exposição e do edital, o projeto “Cem anos” realiza um ciclo de palestras e debates sobre suas as ideias e realizações na área da educação, sob a coordenação da Fundação Darcy Ribeiro. Esses eventos estão sendo realizados nos auditórios da Biblioteca Parque Estadual e no do Colégio Estadual José Leite Lopes, no Andaraí.
Contatos da Coluna:
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