Publicado 03/11/2022 14:15 | Atualizado 12/11/2022 11:29
De um lado, o fascínio por envolver duas paixões para muitas pessoas: automóveis e velocidade. De outro, os impactos ambientais que são grandes nesses eventos. Buscando reduzir esses efeitos, uma série de medidas mitigadoras e compensatórias estão sendo adotadas.
Pela primeira vez na história, o GP São Paulo de Fórmula 1 terá coleta e refino de óleo lubrificante usado ou contaminado. Tecnicamente eles são identificados como OLUC. Trata-se de um resíduo perigoso presente em motores industriais e de automóveis que deve ser separado e gerenciado de forma adequada.
Pela primeira vez na história, o GP São Paulo de Fórmula 1 terá coleta e refino de óleo lubrificante usado ou contaminado. Tecnicamente eles são identificados como OLUC. Trata-se de um resíduo perigoso presente em motores industriais e de automóveis que deve ser separado e gerenciado de forma adequada.
A legislação brasileira determina que todo OLUC deve ser coletado e destinado para a reciclagem, por meio do rerrefino, e proíbe taxativamente o uso do resíduo como combustível. Para se ter uma ideia, segundo a AMBIOLUC, entidade que representa o setor, um único litro de óleo lubrificante usado é capaz de contaminar 1 milhão de litros de água. Além disso, para cada 10 litros queimados são gerados 20 gramas de metais pesados, segundo dados da Cetesb.
“Considero histórico o fato de a etapa de São Paulo da maior categoria do automobilismo projete para o mundo a mensagem de que o óleo lubrificante usado só deve ter um destino, o rerrefino. Vale lembrar que esse é um resíduo presente nos automóveis de passeio, por exemplo. Portanto, o consumidor também exerce um papel de fiscalização ao procurar saber qual o destino do óleo lubrificante retirado do seu carro. Mais do que cumprir a legislação é garantir a saúde das pessoas e do meio ambiente”, afirma Marcelo Murad, diretor de Coleta e Logística da Lwart Soluções Ambientais.
Com isso, o GP São Paulo de Fórmula 1 recebe o Certificado de Destinação Final, documento de valor legal que assegura a conformidade com as normas ambientais.
Coleta direta nos boxes
O projeto prevê a instalação de tambores dentro dos boxes das dez escuderias, para a coleta do óleo, durante todo o período da etapa brasileira. Uma vez coletado e devidamente armazenado, o resíduo será transportado por um caminhão específico para a fábrica da Lwart Soluções Ambientais localizada em Lençóis Paulista/SP.
Todo resíduo coletado passará pelo processo e voltará para a cadeia em forma de óleo básico de alta performance.
Coleta direta nos boxes
O projeto prevê a instalação de tambores dentro dos boxes das dez escuderias, para a coleta do óleo, durante todo o período da etapa brasileira. Uma vez coletado e devidamente armazenado, o resíduo será transportado por um caminhão específico para a fábrica da Lwart Soluções Ambientais localizada em Lençóis Paulista/SP.
Todo resíduo coletado passará pelo processo e voltará para a cadeia em forma de óleo básico de alta performance.
Entenda o que é Rerrefino
Além de aditivos, o lubrificante é composto de óleo mineral, que não degrada após o uso em motores. E por isso é possível, por meio do desse processo, separar e isolar os elementos recuperando o mineral e a água, incontáveis vezes.
O rerrefino ainda evita importação desse material, garantindo uma economia de divisas ao País na ordem de US$ 300 milhões por ano, uma vez que o Brasil não é autossuficiente na produção de óleo desse tipo.
Esse processo responde por 18% da demanda nacional, algo em torno de 301 milhões de litros produzidos a partir desse segmento. Outros 40% são produzidos pela Petrobrás, enquanto a maior parcela, de 42%, ainda é fruto de importação, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
“O Brasil é um exemplo para o mundo em termos de índices de coleta e rerrefino de óleo lubrificante usado. Estamos muito felizes e orgulhosos em levar para o GP São Paulo de F1 esse projeto, dentre tantos outros que a categoria realiza para mitigação do impacto ambiental”, conclui Marcelo Murad.
Além de aditivos, o lubrificante é composto de óleo mineral, que não degrada após o uso em motores. E por isso é possível, por meio do desse processo, separar e isolar os elementos recuperando o mineral e a água, incontáveis vezes.
O rerrefino ainda evita importação desse material, garantindo uma economia de divisas ao País na ordem de US$ 300 milhões por ano, uma vez que o Brasil não é autossuficiente na produção de óleo desse tipo.
Esse processo responde por 18% da demanda nacional, algo em torno de 301 milhões de litros produzidos a partir desse segmento. Outros 40% são produzidos pela Petrobrás, enquanto a maior parcela, de 42%, ainda é fruto de importação, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
“O Brasil é um exemplo para o mundo em termos de índices de coleta e rerrefino de óleo lubrificante usado. Estamos muito felizes e orgulhosos em levar para o GP São Paulo de F1 esse projeto, dentre tantos outros que a categoria realiza para mitigação do impacto ambiental”, conclui Marcelo Murad.
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