Publicado 04/11/2022 13:19
Trata-se da tripla ameaça mortal para os mais vulneráveis quando somados os fatores: mudanças climáticas, conflitos e emergências de saúde.
Segundo a ONG, não é um risco distante. O alerta complementa que a mudança do clima está provocando consequências devastadoras especialmente para as pessoas que vivem em situações de conflito e para aqueles que não têm acesso aos cuidados básicos de saúde.
O MSF, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e o Movimento da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho estão trabalhando em estreita colaboração com 25 nações mais vulneráveis e menos preparadas para se adaptar, a maioria também está passando por conflitos armados.
Segundo a ONG, não é um risco distante. O alerta complementa que a mudança do clima está provocando consequências devastadoras especialmente para as pessoas que vivem em situações de conflito e para aqueles que não têm acesso aos cuidados básicos de saúde.
O MSF, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e o Movimento da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho estão trabalhando em estreita colaboração com 25 nações mais vulneráveis e menos preparadas para se adaptar, a maioria também está passando por conflitos armados.
Crises Climática + Social
Quando choques climáticos ocorrem em países com poucos alimentos, água e recursos econômicos, as condições de vida, a saúde e os meios de subsistência das pessoas são ameaçados.
Um exemplo, é a Somália que tem sofrido um ciclo irregular de secas e inundações nos últimos anos, agravando uma situação humanitária já terrível, ainda mais complicada por três décadas de conflito armado. As pessoas têm tempo limitado para se adaptar porque os choques climáticos são graves e muito frequentes.
As organizações humanitárias também têm respondido às inundações no Sudão do Sul e em todo o Sahel; ciclones devastadores em Madagascar e Moçambique; e à seca severa no Chifre da África. A crise climática agrava as crises sanitária e humanitária.
Um exemplo, é a Somália que tem sofrido um ciclo irregular de secas e inundações nos últimos anos, agravando uma situação humanitária já terrível, ainda mais complicada por três décadas de conflito armado. As pessoas têm tempo limitado para se adaptar porque os choques climáticos são graves e muito frequentes.
As organizações humanitárias também têm respondido às inundações no Sudão do Sul e em todo o Sahel; ciclones devastadores em Madagascar e Moçambique; e à seca severa no Chifre da África. A crise climática agrava as crises sanitária e humanitária.
Aquecimento Global
Todas essas situações estão ocorrendo em um mundo que aqueceu 1,2 graus acima das temperaturas da era pré-industrial, à medida que testemunhamos como as pessoas mais vulneráveis do mundo estão sofrendo as consequências de um problema majoritariamente causado pelas nações mais ricas do mundo.
“Atualmente, as necessidades já estão superando a capacidade de resposta. Trata-se de uma crise de solidariedade que agora está dando lugar a uma crise moral. O mundo não pode deixar as pessoas que sofrem as consequências mais trágicas sem apoio”, disse Stephen Cornish, diretor-geral de MSF na Suíça.
Hora de cobrar a contrapartida dos países ricos
O apoio financeiro e técnico deve chegar às pessoas que mais precisam, o que não está acontecendo na escala que deveria. O compromisso do Acordo de Paris de aumentar o apoio aos países menos desenvolvidos não reconhece que um número significativo deles também é afetado por conflitos e deve ser priorizado. Até o momento, não foram cumpridas promessas para reduzir emissões de carbono e apoiar os países que sofrem os maiores impactos.
“Estamos testemunhando os efeitos agravantes dos crescentes riscos climáticos e conflitos armados do Afeganistão à Somália, do Mali ao Iêmen. Nosso trabalho nesses lugares ajuda as pessoas a lidar com a crise climática. Mas os atores humanitários não podem responder sozinhos à multiplicidade de desafios. Sem um apoio financeiro e político decisivo aos países mais frágeis, o sofrimento só vai piorar”, disse Robert Mardini, diretor-geral do CICV.
“Estamos testemunhando os efeitos agravantes dos crescentes riscos climáticos e conflitos armados do Afeganistão à Somália, do Mali ao Iêmen. Nosso trabalho nesses lugares ajuda as pessoas a lidar com a crise climática. Mas os atores humanitários não podem responder sozinhos à multiplicidade de desafios. Sem um apoio financeiro e político decisivo aos países mais frágeis, o sofrimento só vai piorar”, disse Robert Mardini, diretor-geral do CICV.
Os Médicos Sem Fronteiras apelam aos líderes mundiais para que cumpram os seus compromissos do Acordo de Paris e da Agenda 2030. "Deixar as pessoas para trás não é uma opção" - explicita o documento emitido pela ONG.
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