Bares, restaurantes, quiosques e festas apostam na performance na Seleção Brasileira e na tradição de comemorar nas ruasfoto de divulgação Fifa Fan Fest
Publicado 23/11/2022 21:23 | Atualizado 24/11/2022 11:29
A Copa do Mundo é sempre um bom negócio para o Brasil independente de ganharmos ou não. Seleção em campo e a economia fazendo gol. No meio da empolgação e da torcida surgem oportunidades para muitos, como camelôs, vendedores de rua e profissionais do setor de eventos e diversão. O comércio, em geral,  tira sua vantagem. Surgem vagas de trabalhos temporários. Os tradicionais catadores de latinhas também fazem a festa nesse período.
Falando em festas, o Rio de Janeiro está com sua agenda inflacionada por eventos programados entre novembro e dezembro, analisa o secretário estadual de Turismo, Sávio Neves.
“Todo o estado, mas principalmente a cidade do Rio, conta com  pontos para atrair cariocas e turistas nacionais e estrangeiros, tendo a da Copa do Mundo como atração. Um deles é o Fan Fest com uma gigante arena montada na areia de Copacabana. Fora as programações do Jockey Club, em hotéis, bares, restaurantes e clubes.
A administração estadual acredita na atração de visitantes fisgados pela alegria do carioca, pelas belezas naturais se somando aos eventos. 
“Acreditamos num incremento do fluxo do turismo no estado do Rio por conta da Copa do Mundo que desta vez coincide com a entrada da alta estação, o verão.”, avalia Sávio Neves, secretário de Turismo.
Apesar do otimismo, essa movimentação ainda não foi sentida de forma significativa, nesse início de campeonato, pelo setor de hospedagem.
“Não houve um crescimento específico da ocupação hoteleira por conta da Copa” -explica Alfredo Lopes, presidente do Sindicato dos Meios de Hospedagem do Município do Rio de Janeiro.

Ruas menos decoradas
Apesar de visualmente em menor quantidade, o comércio especializado aposta na boa performance da Seleção para reacender a tradição de enfeitar ruas, praças, fachadas e interior das casas com as cores verde e amarelo. Mesmo assim, já é registrado um aumento maior do que o normal em procura por tintas bandeiras e adereços de decoração, nas lojas especializadas.
Acompanhar de casa ou na rua?
Quem prefere o conforto do lar, também gira a economia. Esses movimentam supermercados com compras extras de alimentos e bebidas. Segundo pesquisa da CNI, 14,6% planejam consumir alimentos e bebidas no próprio lar.  Fora os que compram pratos prontos através de aplicativos. 
Quiosques, Bares e Restaurantes
A pesquisa da Confederação Nacional do Comércio aponta uma pequena redução dos que planejam acompanhar os jogos em bares e restaurantes: 13,3% este ano, contra 19% na Copa de 2018. Um dos fatores dessa retração pode ser o aumento de 16% na inflação dos pratos e bebidas. Mesmo assim, a CNC estima um faturamento de R$ 864 milhões para o setor.
Apesar da estimativa da queda nacional, Alfredo Lopes sente um termômetro diferenciado no Rio de Janeiro.
“Temos sim um aumento nos bares e restaurantes” informou para a nossa coluna.
Traz mais um chopp
Confiantes na vitória, os estabelecimentos aumentaram as encomendas por Chopp. Enquanto bebidas  alcóolicas de todos os tipos são proibidas no Catar, por aqui é uma tradição que acompanha as torcidas. A franquia de chopp Quiosque do Lugui, por exemplo, trabalha com uma expectativa de crescimento em 40% nesse período.
“Como é um evento que acontece de quatro em quatro anos e é um período onde as pessoas se reúnem nos bares para acompanhar os jogos, nós aproveitamos para lançar promoções exclusivas”, afirma Denilson Lugui, criador da rede Quiosque do Lugui.

Pesquisa CNC
Consultados em todas as capitais brasileiras, os consumidores pretendem gastar, em média, R$ 211,21. Entre os principais produtos associados ao Campeonato de Futebol: roupas, alimentos e bebidas.  Já 14,9% buscam vestuários temáticos. Apenas 3,8% dos consumidores consultados afirmaram que pretendem adquirir televisores e smart TVs.
A sondagem também aponta que 71,3% dos torcedores buscarão os itens da Copa nas lojas físicas, uma queda de 12,5 pontos, referente aos 83,8% apurados no Mundial de 2018. Já a intensificação das vendas pelos canais digitais apontam um crescimento de 28,7% em comparação com os 16% na Copa passada.
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