Mulheres cara vez mais interagem com o setor automobilísticoarte de Silvio Duarte
Publicado 03/12/2022 14:49 | Atualizado 07/12/2022 12:43
Todos já devem ter ouvido esse ditado ou xingamentos no trânsito acompanhados de “Vai pilotar um fogão”! O bullying e o desrespeito com a performance delas vai desde piadinhas sexistas até a uma exposição maior como a violência no trânsito, verbal e até física. 

No entanto, dados provam o contrário. Elas são muito mais cautelosas no volante. Mas o negacionismo machista impede de assimilarem essas informações, mesmo as mulheres provando que seu lugar é onde quiser estar.

Meninas brincam de casinha e meninos com carrinho
Desde pequenas que seus brinquedos já moldam essa exclusão social. O universo lúdico infantil limita os horizontes aos trabalhos domésticos como panelinhas, cozinhas, de costura... Os carrinhos não são dados de presentes para as garotas.
Primeiras carteiras
De acordo com a Anfavea, a primeira licença específica para dirigir foi emitida no Brasil em 1904 para Menotti Falchi, dono de uma fábrica de chocolates. As mulheres só conseguiram essa façanha quase três décadas depois. A primazia é dividida por duas personalidades desbravadoras de costumes. Maria José Pereira, que foi casada com o imortal Barbosa Lima Sobrinho e conseguiu sua CNH em 1932.
A outra é Rosa Schorling, que tirou o documento antes da obrigatoriedade da maior idade, com apenas 12 anos! E seu pioneirismo não parou por aí. Rosita como era conhecida, aos 19 já pilotava um avião e aos 21, tornou-se a primeira paraquedista do Brasil.

Mesmo com o passar do tempo, esse estigma ainda persiste. Porém, uma nova pesquisa chega para mostrar que estão muito mais ligadas ao setor automobilístico do que se pensa, informações que podem mudar tanto a forma como a indústria produz seus veículos, como a comercialização, o marketing e a publicidade desses produtos. 

Mulheres trocam mais de carro
A sondagem aponta que elas trocam mais rápido de veículos. Em média, as que ganham mais de dez salários mínimos, substituem de dois em dois anos.
“Esses números contrariam o senso comum de que os homens são consumidores mais assíduos de carros do que as mulheres”, conclui Cris Rother, executiva da Webmotor, maior ecossistema automotivo do país.

O estudo revela ainda que, no geral, as pessoas costumam trocar de veículo com prazo de três anos diminuindo conforme aumenta o poder aquisitivo.
Melhores no volante do que os homens
Segundo levantamento do  Departamento Nacional de Trânsito, referente 2018, 89% dos acidentes são causados por homens, enquanto apenas 11% por mulheres. Esses dados são ratificados por outra sondagem que mostra que 70% das indenizações de seguros por acidentes de automóveis são pagas para homens. Tanto que algumas empresas desse segmento chegam a oferecer até 15% a menos no valor das apólices para elas. 
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