Publicado 03/12/2022 16:32 | Atualizado 03/12/2022 16:35
A ideia de substituir veículos movidos a energia fóssil por carros elétricos tem arrebatado adeptos em todo o mundo, inclusive aqui no Brasil. Cada vez mais, consumidores estão preocupados com a preservação do meio ambiente e se mostram propensos a consumir produtos menos impactantes, inclusive, automóveis movidos a eletricidade.
Baterias podem ser um risco
É inegável que essa substituição vai diminuir as emissões de gases poluentes, resultando na melhor qualidade do ar e na diminuição do aquecimento global. Contudo, o gargalo são as baterias. Fomos conversar com o especialista André Novais sobre que cuidados podemos tomar para não trocarmos seis por meia dúzia.
“Quando pensamos apenas no uso da energia elétrica de fonte renovável, acreditamos que estamos salvando o meio ambiente, como se o material fosse inofensivo. No entanto, a análise a ser feita precisa ser muito mais profunda”, pondera.
De acordo com Novais, as montadoras ainda não conscientizaram os novos consumidores de como lidarem com as baterias gastas.
“Jogar a bateria ao fim da vida útil no lixo não é uma opção”, frisa André.
“Quando pensamos apenas no uso da energia elétrica de fonte renovável, acreditamos que estamos salvando o meio ambiente, como se o material fosse inofensivo. No entanto, a análise a ser feita precisa ser muito mais profunda”, pondera.
De acordo com Novais, as montadoras ainda não conscientizaram os novos consumidores de como lidarem com as baterias gastas.
“Jogar a bateria ao fim da vida útil no lixo não é uma opção”, frisa André.
Problema pode explodir em 5 anos
Esse revés ainda não ficou evidente porque muitas fontes de energia têm um ciclo de vida que pode durar mais de cinco anos. Como a maior parte dos veículos elétricos é recente, os proprietários e as fábricas ainda não se depararam com a situação.
“Se nada for feito, lá na frente teremos um problema difícil de resolver. E, neste momento, parece que ninguém quer tocar no assunto, como se estivessem tentando tapar o sol com a peneira”, acrescenta.
“Se nada for feito, lá na frente teremos um problema difícil de resolver. E, neste momento, parece que ninguém quer tocar no assunto, como se estivessem tentando tapar o sol com a peneira”, acrescenta.
Diante disso, as montadoras precisa elaborar de forma transparente um sistemas eficientes de logística reversa, de modo que os motoristas possam, quando houver a necessidade de trocar a bateria, fazer o descarte correto do componente.
“Não podemos empurrar as pessoas aos carros elétricos sem dizer a elas que esses automóveis também têm características nocivas ao meio ambiente. O mercado não tem sido transparente neste ponto”, avalia Novais.
“Não podemos empurrar as pessoas aos carros elétricos sem dizer a elas que esses automóveis também têm características nocivas ao meio ambiente. O mercado não tem sido transparente neste ponto”, avalia Novais.
Urgência: Logística Reversa Transparente
Portanto, é preciso que as autoridades, consumidores e a sociedade em geral cobrem agora um plano consistente de recolhimento desse material sob responsabilidade das montadoras ao fim da vida útil e cobrar como será dado o destino ambientalmente menos impactante para descarte ou reciclagem. E Isso precisa ser delimitado agora para que não tenhamos que improvisar depois.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.