Carros elétricos começam a ser desenvolvidos em 2023imagem de divulgação
Publicado 27/12/2022 11:44 | Atualizado 27/12/2022 11:46
O ano 2000 já passou faz tempo e os carros voadores profetizados pela série “Os Jetsons” e filmes futuristas não se tornaram realidade. Mas agora, em 2023 deixam de ser uma ficção científica. O BNDES está apoiando com R$ 490 milhões a primeira etapa do desenvolvimento desse tipo de veículo no Brasil com previsão de já estarem no ar em três anos.

Mais sustentáveis
Elétrico e com zero emissão de carbono, o veículo aéreo está sendo projetado para realizar voos urbanos e proporcionará maior sustentabilidade em relação aos tradicionais. Esse tipo de automóvel será alimentado por à bateria elétrica. Os primeiros protótipos terão capacidade de transportar quatro passageiros mais o piloto, por uma distância de até 100 quilômetros. Os ruídos emitidos pela aeronave serão em até 90% inferiores aos de helicópteros.
“A operação é especialmente emblemática no âmbito do Fundo Clima, ao contemplar o desenvolvimento de um produto disruptivo e que mitigará a emissão de gases de efeito estufa. Trata-se de um enorme esforço inovador realizado no Brasil por engenheiros altamente qualificados. O sucesso no desenvolvimento do eVTOL permitirá o ingresso num segmento de mercado de alta intensidade tecnológica”, comenta Bruno Aranha, diretor de crédito produtivo e socioambiental do BNDES.
Mobilidade
O mercado de mobilidade aérea urbana deve ser impulsionado nas próximas décadas por fatores como crescentes populações, limitações de espaço terrestre, custos de aperfeiçoamento de infraestrutura, bem como altos índices de poluição local dos meios de transporte tradicionais. Com uma tecnologia inovadora, os eVTOLs possibilitarão viagens curtas mais rápidas que os meios tradicionais. O projeto é desenvolvido pela  uma subsidiária da Embraer.
“Avançamos no desenvolvimento de nossa aeronave elétrica com zero emissões e continuamos a nos comprometer com a neutralidade de carbono em todo o ciclo de vida da aeronave”, disse André Stein, co-CEO da Eve Aérea urbana
Congestionamentos aéreos
Ao mesmo tempo que pode reduzir o tempo gasto nos engarrafamentos terrestres para os que puderem pagar pelo seu voo, os novos modelos vão circular pelo espectro aéreo que também já está congestionado: aviões, ultraleves, helicópteros, drones e até balões e aves dividem o mesmo espaço e não são raros manobras diante do risco de colisões.
Por isso, há uma necessidade de uma regulamentação mais eficaz e segura do trânsito aéreo, fiscalização e um controle rigoroso desse espaço para evitar os problemas ocorridos hoje no terrestre. Mas isso, não é ainda para 2023, porém já devem começar a ser discutidos e regulados.
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