Lula faz tratamento venoso para pneumonia e influenza Afoto de divulgação Gov.br
Publicado 25/03/2023 16:17 | Atualizado 25/03/2023 17:47
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Apesar de adiada por conta da pneumonia, quando ocorrer, a viagem de Lula à China será muito mais do que uma atividade comercial. Depois de declarações desastrosas e provocações gratuitas na gestão passada, o atual presidente cruza o Meridiano de Greenwich com a missão de reatar o relacionamento desgastado e reconquistar a confiança do principal parceiro comercial que ultrapassou os Estados Unidos desde 2009.
Essa reaproximação acende um sinal vermelho para o governo de Joe Biden. Os americanos não tinham o que se preocupar diante da retórica anti-China adotada pelo Bolsonarismo com constantes críticas, provocações e Fake News. Inclusive, um dos filho do ex-presidente chegou a a culpar o país parceiro pela pela epidemia de Covid 19, o que irritou os chineses. A tempestade diplomática juntamente com a pandemia fizeram com que os investimentos daquele país estagnassem no Brasil.
Desembargo à carne
Agora o panorama é bem diferente. Pequim acaba de afagar os brasileiros. Como um presente de boas vindas, suspendeu o embargo a carne bovina produzida no Brasil. Para preparar o terreno e selar a paz, o técnicos da agricultura embarcaram dias antes de Lula para o país oriental. 
A Comitiva que acompanha o chefe de estado brasileiro é formada por 240 empresários, 90 deles do setor agropecuário. Já temendo críticas, o ministério das Relações Exteriores fez questão de frisar que o empresariado vai arcar com suas despesas. A expectativa é que assinem pelo menos dez memorandos de entendimento também nos segmentos: turismo, ciências, tecnologia, minério, transição energética e meio ambiente.
Acordos Sustentáveis
Justamente a questão ambiental ganha estratégica não só pela qualidade de vida que proporciona como também para as imagens corroídas dos dois país neste segmento. A China precisa desfazer a associação como vilã da sustentabilidade. E o Brasil, mostrar que não vive mais a realidade da "porteira aberta" para o boi da irregularidade passar. Isso sem falar no interesse dos chineses no hidrogênio verde e nós, em vendermos nossas potencialidades para a produção desse combustível do futuro.
Não tomar partido na disputa com EUA
De uma forma pragmática, Lula tem como desafio estreitar os laços em torno das mais vantajosas parcerias comerciais, mas sem entrar na disputa política e econômica entre as duas poderosas nações parceiras.  Tanto que, estrategicamente, a visita a Xi Jinping ocorre menos de dois meses após ter se reunido com Joe Biden na Casa Branca.
Neste sentido, o Palácio Itamaraty orientou de forma muito incisiva o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a não comentar a polêmica em que os Estados Unidos tentam restringir ou forçar a venda do gigante aplicativo chinês Tik Tok, queridinho da garotada. No entanto, por sua velha característica verborrágica, não há certeza de que Lula vá seguir essa e outras recomendações. 
De ultima hora, o Ministério das Relações Exteriores anuncia que a Comitiva presidencial aceitou o convite e vai esticar a viagem aos Emirados Árabes, que flertavam com o Bolsonarismo. Lula da Silva tenta ganhar a simpatia dos emiradenses para abocanhar para o Brasil parte dos 800 bilhões de dólares que os milionários árabes acenam em investimentos internacionais.
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