Vista Chinesa no Rio de Janeirofoto de divulgação Parque Nacional da Tijuca
Publicado 27/03/2023 15:11
Publicidade
Embora desfalcada da cereja do bolo devido o cancelamento da ida do presidente Lula devido a problemas de saúde, a comitiva de integrantes governamentais e empresários segue com a agenda programada para a China, maior parceira comercial do Brasil desde 2009, quando ultrapassou os Estados Unidos.

O grupo, que já havia embarcado, mantém a missão de alinhavar e fechar acordos com os chineses em vários segmentos econômicos, como: agronegócio, ciências, tecnologia, minério, transição energética e meio ambiente. O turismo também desperta o interesse devido a grande possibilidade de crescimento através de intercâmbios e propostas para maior captação de visitantes daquele país. 
“Para que os chineses incluam o Brasil entre seus roteiros de viagem, precisamos divulgar estrategicamente, para o mercado internacional, nossos inúmeros destinos. No Brasil, 39 empresas de turismo estão credenciadas e aptas a receber grupos de turistas chineses. É importante destacar também a importância do turismo corporativo, pois há muitas empresas chinesas em atuação no Brasil.”, explica Manoel Cardoso Linhares, presidente nacional da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis.
Devido ao seu poder econômico e quantidade demográfica, a atração dos chineses pode impactar positivamente o mercado brasileiro. 
“Estamos focando nesse trabalho. Não só a China, mas a Índia, Rússia e África do Sul são mercados que estão começando a viajar para cá. Os Brics são muito importantes para o turismo no Brasil. Queremos intensificar isso porque são  mercados  gigantes com populações muito grandes e qualquer percentual desse que vier para cá, sem dúvida nenhuma, é um grande impacto no cenário aqui no Brasil”, estima Alfredo Lopes, presidente do Hotéis Rio.
Visita de Chineses ao mundo
Nos anos anteriores à Covid-19, a China já era o principal emissor de viajantes internacionais do mundo. Cerca de 155 milhões de turistas gastaram mais de um quarto de trilhão de dólares além de suas fronteiras em 2019, segundo a Organização Mundial do Turismo. Entre 2019 e 2021, o Brasil recebeu 77.235 visitantes da China. Já em 2022, foram 8.787. Para 2023, o volume de viagens internacionais deve chegar a 110 milhões, entre turistas chineses, e o Brasil quer atrair uma parte deles, mas a retomada com força total das viagens ao exterior por parte dos chineses deve ocorrer apenas em 2024.

"A china é um dos principais mercados emissores do mundo além de gastarem bastante. É muito importantes estreitar o relacionamento e posicionar o Brasil e o Rio de Janeiro como principal destino. Esse estado tem exatamente o que chinês procura em suas viagens: Ecoturismo, uma cultura pujante, além do turismo de Negócio."  explinca Tatiana D'Angello, gestora de Marketing e Novos Negócios da Federação de Conventions &Visitors Bureaux do Estado do Rio de Janeiro.
Arrumar a casa para atrair os chineses
No entanto, para essa maior atração  é preciso fazer o dever de casa. Para que os chineses incluam o Brasil entre seus roteiros de viagem, precisamos divulgar estrategicamente nossos inúmeros destinos. As autoridades e empresas do setor precisam entender melhor as demandas e preferências dos turistas chineses para poderem oferecer a eles serviços e experiências que atendam às suas expectativas. É preciso desenvolver guias e materiais de divulgação em mandarim, assim como customizar opções e ofertas baseadas na cultura e expectativa chinesas.
Uma das providências mais urgentes é  capitalizar a Embratur, que apesar dos esforços do presidente nomeado pelo atual governo, Marcelo Freixo, ainda não recebeu recursos para lubrificar a máquina enferrujada com últimas gestões.  Só boa intensão não basta! A propaganda também é a alma do negócio para o segmento turístico. E para executá-la é preciso dinheiro!

Publicidade
Leia mais