Greenpeace divulga novas fotos com denúncias de queimadas na Amazôniafoto Greenpeace - Marilza Cruppe
Publicado 08/08/2023 14:42
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Enquanto os oito países que compartilham a maior floresta urbana do mundo debatem seu futuro, o Greenpeace traz à tona imagens inéditas de queimadas ocorrendo no local. Embora o desmatamento tenha apresentado uma redução, os focos de calor não estão seguindo uma trajetória regressiva, mas sim uma crescente. Este ano, foram documentados 15.744 incêndios, um aumento de 5,3% em comparação ao mesmo período do ano passado.
As áreas mais afetadas são os estados do Mato Grosso, Maranhão e Pará, onde a expansão agropecuária se intensifica no bioma. As queimadas de 2023 têm ocorrido em regiões previamente desmatadas, parte de um processo de preparação de novas pastagens e cultivos.

Desafios Criminosos e Alerta Climático

Sobrevoados pela organização na região sul do Amazonas, parte do Acre e norte de Rondônia, conhecida como AMACRO, revelam práticas criminosas. Grileiros invadem áreas pertencentes à União, comercializando madeira e incendiando as florestas para expandir atividades pecuárias. Essas novas evidências destacam a necessidade não apenas de monitorar e controlar o desmatamento, mas também de implementar medidas preventivas contra incêndios florestais na região. Uma estação mais seca e um El Niño mais intenso criam um cenário propício para o aumento das queimadas na Amazônia. Rômulo Batista, porta-voz do Greenpeace Brasil, enfatiza:
"Este é um momento crucial para o futuro do planeta - o poder público deve implementar um plano de ação integrado que reconheça os impactos da crise climática e foque não apenas em acabar com as queimadas, mas também em responsabilizar quem destrói a floresta."

Caminhos na Cúpula da Amazônia

No contexto da Cúpula da Amazônia em Belém, o Brasil busca dissociar-se do modelo econômico que historicamente degradou os recursos naturais. Em vez disso, o país procura uma abordagem de valorização da floresta em pé, respeitando os direitos e conhecimentos ancestrais das comunidades indígenas e tradicionais, e promovendo a justiça social. Esse encontro é uma oportunidade de reflexão e ação conjunta para moldar um futuro sustentável na região amazônica.
 
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